O novo álbum do Sepultura é aquele em que houve maior tempo entre álbuns da banda, já que o último, "The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart", foi lançado em 2013. Muito tempo se passou e "Machine Messiah" foi lançado em janeiro de 2017.

É fato que os integrantes da banda são músicas muito bons tecnicamente. Andreas Kisser (só pra constar, meu nome é uma mera coincidência e não tem nada a ver com o do músico) está arrebentando durante todo o disco, Derrick Green tem um gutural poderoso e o baixo de Paulo Jr. se une muito bem com a bateria de Eloy Casagrande.

Não vou me posicionar quanto a briga entre Derrick e Max já que acho que é mais uma das bobagens que só deixam os fãs desunidos, os dois são ótimos vocalistas.
O Sepultura não decepcionou em "Machine Messiah", e mostrou que ainda tem muito a oferecer para o metal.
Creio que o único problema de "Machine Messiah" seja a falta de inovação. Tendo assistido ao Sepultura ao vivo, não sinto muita diferença entre esse material e o que a banda tem mostrado nos shows. As letras também não saem da média, não tendo composições marcantes. Porém, os solos e riffs são incríveis.

As faixas que mais impressionam são "Iceberg Dances". "Sworn Oath" e "Resistant Parasites". As três músicas em sequência são as melhores do álbum. Outras faixas boas são "Machine Messiah", que mesmo sendo um pouco exagerada ainda é bacana, e "Vandals Nest".



A decisão de um álbum de 50 minutos foi correta. É um bom tempo pois ao mesmo tempo que deixa uma vontade de "quero mais" também não enjoa, e a música final, "Cyber Gods" encerra bem o álbum.

Sendo uma banda já veterana, o Sepultura não decepcionou em "Machine Messiah", e mostrou que ainda tem o que oferecer, ainda que não tenha inovado tanto quanto podiam.


Andreas Cesar ouviu, criticou e se impressionou com o novo álbum da banda, não esperava tanto...