Ficha Técnica:
Título: Amanhecer Violento (Red Dawn)
Ano: (2012)
Lançamento: 01/12/2013
Duração: 93 min.
Gênero: Ação
Diretor: Dan Bradley
Elenco: Chris Hemsworth, Isabel Lucas, Josh Hutcherson, Josh Peck
Origem: Estados Unidos
Idioma: Inglês

Sinopse: Um grupo de adolescentes tentam salvar sua cidade de uma invasão de soldados norte coreanos.

Os três filmes favoritos a levar a estatueta do Oscar (que aconteceu no último domingo), Lincoln, Argo e A Hora Mais Escura tratavam de um mesmo tema: A proteção dos EUA. Lincoln e Argo eram baseados em livros que tratavam de fatos reais. A Hora Mais Escura, apesar da controvérsia, também foi baseado em fatos reais, apesar de ser um roteiro original, ou seja, criado especialmente para o cinema. Todos eles trataram o tema à sério, mas no final foi Argo quem levou a estatueta do Seu Oscar pra casa.

O filme que estou resenhando agora também trata do mesmo tema, mas, ao invés de tentar ser realista ao extremo (como no caso de Lincoln, por exemplo) Amanhecer Violento, do diretor Dan Bradley tem a única tarefa de entreter o espectador, sem compromisso com a realidade e até mesmo com a lógica.

O novo astro do cinema de ação: Chris Hemsworth. (Imagem Filmes)
Trata-se de um remake do filme homônimo estrelado por Patrick Swayze que entrou em cartaz em 1984. Eu considero que o período entre os anos de 1983 e 1988 foi a era de ouro dos filmes de ação. Foi nesta época que foram lançados os maiores clássicos do gênero, como O Exterminador do Futuro, Braddock - o Super Comando, Rambo II - A Missão, Retroceder Nunca, render-se Jamais, Red Scorpion, entre outros. Enfim, tudo que é legal no cinema de ação, e que acabou sendo resgatado em Os Mercenários, foi estabelecido nesta época.

Ao assistir a nova versão de Amanhecer Violento tive a mesma sensação que tinha na era de ouro dos cinemas de ação. Desde o tiroteio desvairado, passando pelas cenas de heroísmo absurdas, até o "americanismo" cego, tudo que é legal neste gênero está lá.

Como todo brucutu, Jed curte uma loira gelada (Imagem Filmes)
Chris Hemsworth é um veterano de guerra que se vê em um beco sem saída e tem que voltar a lutar mais uma vez. Para defender sua cidade de um ataque Norte Coreano, apoiado pelos Russos (olha eles aí outra vez), ele precisa reunir, treinar e comandar um grupo de adolescentes que acabam formando uma resistência paramilitar. Destaque para a performance de Chris, que nos prova que ele já é um astro dos filmes de ação. Sua atuação canastrona e sob medida parece homenagear os astros de outrora (Schwarzenegger, Van Damme, Lundgren, Norris) e me fez concluir que Sly (apelido de Sylvester Stallone) errou ao chamar seu irmão, Liam Hemsworth, para integrar ao elenco de Os Mercenários 2.

Um ponto alto do filme, é a invasão dos norte coreanos, que vão caindo do céu em seus paraquedas dominando a cidade. Que cena legal. Obviamente é absurdo pensar que o espaço aéreo americano seja tão vulnerável como este é mostrado no filme, mas o absurdo é um dos ingredientes principais deste tipo de filme. O próprio estabelecimento de um quartel de estrangeiros invasores em pleno solo americano é nonsense.

Josh Peck, Hutcherson e Chris Hemsworth (Imagem Filmes)
Quanto aos astros adolescentes Josh Peck e Josh Hutcherson não tenho muito o que dizer. Ambos os Josh´s foram provavelmente contratados apenas para aparecerem no poster do filme, aumentando assim a audiência feminina. Peck, conhecido pela série Drake & Josh da Nickelodeon, emagreceu (ponto positivo), mas perdeu a graça (ponto negativo). Sua atuação é insossa (já tinha notado isso em Meu nome é Taylor, Drillbit Taylor) e eu acho que logo, logo ele vai sumir. Josh Hutcherson continua engessado e atuando no automático, como o fez em Hunger Games.

Acredito que muita gente vá torcer o nariz ao assistir Amanhecer Violento, talvez por ir ao cinema esperando algo mais crível do que irá acabar assistindo. Então, se você ainda não assistiu, corra e veja o filme, que entrou em cartaz hoje pela Imagem Filmes em grande circuito, porém, o faça sem compromisso.

Divirta-se e volte um pouco no tempo. Os anos 80, definitivamente, voltaram.


Trailer