Data de estreia: 25/01/13 (EUA) Sem data no Brasil
Estúdio: Wunderkind Pictures
Diretor: Blake Freeman
Roteiro: Blake Freeman, Marvin Willson
Elenco: Blake Freeman, Casper Van Dien, Moises Arias, Jason Mewes, Matt Shievely
Gênero: Comédia

Sinopse: Quatro amigos viajam até Los Angeles para competir no Cyberbowl Video Game Championship, mas encontrarão problemas durante sua jornada.

Um filme para nos chamar de diferentes.

Noobz até poderia ser um grande filme de comédia já que tem um tema legal, um título melhor ainda e Jason Mewes no elenco, mas dada a inexperiência do diretor/roteirista/ator/produtor/editor do filme, Blake Freeman, Noobz se tornou um filme previsível, com piadas datadas e uma péssima direção de atores.

Blake, antes de dirigir Noobz só tinha dirigido, roteirizado e produzido um curta metragem chamado "Walk Away", de 2011, que conta a história de Ryan, um estudante exemplar que tem sua vida virada de cabeça pra baixo ao decidir que está com o saco cheio de sofrer bully. Ambos foram lançados pela pela Wunderkind Pictures, uma produtora independente do próprio Blake com sua sócia Danielle R. Crane.

Clã Riegn (ou seria "Reign") em ação.
Mas não é só a inexperiência de Blake que faz de Noobz um filme ruim. A própria fórmula "adultos imaturos, que curtem games, filmes e hq´s, em busca de crescimento interior e de um propósito para suas vidas" já está desgastada. "O Virgem de 40 anos", "Fanboys", "Vilões por Acaso" e a maior parte da filmografia de Kevin Smith, entre outros do gênero, já esmiuçaram o tema ao máximo.

Tendo em vista estes dois fatores, Noobz só poderia ser uma grande comédia ou um grande fracasso. Nós apostávamos de que seria o primeiro caso, mas ao assistir ao filme, vimos que o filme acabou se mostrando um fiasco.

Falando em Kevin Smith, Blake chamou Jason Mewes para um papel importante no filme. Não sei se vocês pensam como eu, mas em quase todos os filmes de Jason Mewes ele se repete, e o personagem fica parecido com Jay, da série de filmes de Kevin Smith. Parece que você está assistindo a um filme com o Jay, porém, sem Silent Bob. São as mesmas piadas e caras e bocas. Como já perdeu a graça assistir sempre as mesmas besteiras que o cara faz, não consegui rir nem um segundo com ele, pelo simples fato de já ter visto Mewes fazendo o mesmo em filmes como "O Império do Besteirol Contra-Ataca".

Jason Mewes. Se repetindo de novo.
Deixando isso de lado, outro erro fatal é o fato de a mulher que você vê no pôster do filme não aparecer mais do que 15 minutos. Pelo menos é ela encena uma das cenas mais engraçadas do filme, quando o clã Reign está jogando com um dos gamers do clã "Black Assassin's". Mas mesmo assim não justifica o destaque para a personagem no poster.

"A única cena realmente engraçada de Noobz aparece no trailer do filme, tornando-o, para quem o viu, menos interessante ainda"

Falando do clã "Reign", que é o clã dos protagonistas do filme, que conta com um desempregado, um gerente de uma loja de videogames, um adolescente com um raro tipo de asma e um homossexual não assumido. Ou seja, eles buscaram no filme fazer um quarteto diferente, buscando situações engraçadas. Só que não conseguiram, por uma deficiência no roteiro, desenvolver legal a ideia.

A única cena realmente engraçada de Noobz aparece no trailer do filme, tornando-o, para quem o viu, menos interessante ainda. Talvez o que salva este filme é um personagem, interpretado por Jon Gries, que se chama Greg "Armagreggon" Lipstein. Ele foi um grande gamer do passado, tendo conquistado títulos e títulos de vários games, como Pac-man, entre outros.

No mais, apesar de saber que é uma comédia, não gostei do fato de o filme retratar todas pessoas que jogam videogames como idiotas. O filme é deliberadamente ofensivo demais. Os gamers são o público alvo deste filme e eles querem rir de piadas sobre si mesmo ou sobre as situações que vivem e não de piadas discriminatórias.

"Noob" mesmo, é quem fez esse filme, já que não sabe fazer o que se propôs...




Avaliação: Péssimo

Andreas Cesar escreveu e joga tudo que seus dedos puderem tocar, de Tetris à Injustice. Marlo George editou e nunca jogou um game sequer por questões filosóficas.

Trailer