Data de lançamento: 06/09/2013
Estúdio: Europa Filmes
Direção: Julian Farino
Roteiro: Jay Reiss, Ian Helfer
Elenco: Leighton Meester, Hugh Laurie, Catherine Keener, Adam Brody, Oliver Platt, Allison Janney, Alia Shawkat
Gênero: Comédia, Drama, Romance
Duração: 90 minutos
Origiem: EUA

Sinopse: A família Walling e a família Ostroff sempre foram muito próximas. Durante as férias, a jovem Nina Ostroff volta para a casa, depois de passar cinco anos distante dos pais. Para a surpresa de todos, ela se apaixona por David Walling, homem muito mais velho do que ela. Esta nova relação afeta a amizade entre as famílias.

A Filha do Meu Melhor Amigo

Não é a primeira vez que digo isso, mas me irrita muito quando alguém, sabe-se lá quem, decide traduzir o título dos filmes de modo a mudar o sentido, ou o intuito do criador. Por exemplo, A Primeira Transa de Um Nerd (que também é conhecido como "Férias da Pesada"), filme que passava o tempo todo no SBT, nos anos 80, se chama na realidade Fraternity Vacation, que traduzido literalmente quer dizer "Férias da Fraternidade". no caso deste, que é o primeiro filme que assisti com o ótimo Tim Robbins, além de fazer referência à um filme clássico, A Primeira Noite de um Homem, deturpa completamente a intenção do autor.

A família Walling já não se suporta mais, mas mantém a pose.
Pior que isso só o título, que traduzido, sugere qualquer detalhe importante do filme, como no caso do filme resenhado. The Oranges, virou A Filha do Meu Melhor Amigo e estragou a minha surpresa.

Sr. Walling e a filha do melhor amigo.
Se o filme apenas se chamasse literalmente "Os Laranjas", ou melhor, "Os Vizinhos", eu não teria que introduzir esta resenha com tamanha reclamação, que já me custou, com este, três parágrafos. Você pode estar achando que estou exagerando, de que o título não entrega nada, uma vez que a sinopse do filme e o trailer deixam bem claro que o personagem de Hugh Laurie vai ter um affair com a personagem de Leighton Meester (o que já havia acontecido na série House M.D.), mas eu costumo ir assistir filmes com o mínimo de spoilers possível. O título do filme jogar na minha cara o spoiler é um pouco demais...

Por isso que aqui no Poltrona Pop, spoiler vem com um aviso bem grande e várias advertências antes de ser dado. Por isso, desde já aviso: A RESENHA TEM SPOILERS. Nada que vá estragar sua diversão ou contar o final do filme, mas preciso ser justo com você e dizer que conto algumas coisinhas.

Sr. Little? Dr. House? Sr. Walling?
Neste filme mal batizado no Brasil, conhecemos as famílias Walling e Ostroff, que se conhecem desde sempre e que vivem uma de frente para a outra em um bairro tranquilo de Nova Jersey. Vanessa, filha mais nova dos Walling é quem nos narra a história de como um fato imprevisto, acabou virando de cabeça pra baixo a vida de todos os membros de ambas as famílias. Alia Shawkat, atriz que interpreta a narradora, ficou perfeita no papel de menina gordinha, meio revoltada, que acha que o mundo não gira pra si como gira para os outros. A gordinha, Vanessa, é uma outcaster que vive sonhando em dar o fora, sair de casa, e ganhar seu próprio mundo. Mas acaba tendo que "cuidar" do mundo dos que estão à sua volta quando os problemas começam a acontecer.

Hugh Laurie, que interpreta o pai de Vanessa, David, apesar de atuar de forma convincente, continua, especialmente para mim, com o mesmo problema. Quando eu comecei a assistir House M.D. (também conhecido como Dr. House), custei bastante para desvincular a figura do bondoso Sr. Fredrick Little, do filme O Pequeno Stuart Little, de Laurie. O mesmo ocorreu agora. Este foi o primeiro filme que assisti com Laurie, desde que ele deixou de "ser" o Dr. House e eu não consegui, ainda, desvincular por completo a figura do médico inconveniente da de seu interprete. Acho que ainda vai demorar um pouquinho.

Platt e Janney estão afinados.
O resto do elenco também está bem, principalmente Oliver Platt, que é sempre impecável, apesar de nunca ter assistido um filme sequer em que ele seja o protagonista. O ator, que é conhecido por X-Men - Primeira Classe, faz dupla com Allison Janney (Juno e Beleza Americana), como o casal Ostroff e estão impagáveis. Destaque pra cena em que o casal vai pra cama. É hilária. Catherine Keener (O Virgem de 40 anos) brilhou na cena em que destrói o jardim de sua antiga casa, em um dos momentos mais importantes do longa.

Eu já tinha assistido à vários filmes com Leighton Meester, mas a menina nunca tinha me chamado à atenção. Acho que só a notei agora porque seu papel é importante na trama. O mesmo não posso dizer de Sam Rosen, que interpreta o ex-namorado de Nina (Meester), um cara chamado Ethan. Só assisti este filme com Rosen e já guardei o nome dele. Esse cara é promissor. Ainda bem que deram o papel pra ele (Paul Wesley, de Vampire Diaries, não passou nas audições).

Sam Rosen vai para o trono. Esse cara é bom...
A Filha do Meu Melhor Amigo, apesar do título, é um filme que merece ser visto. A trama, roteirizada por Ian Helfer e Jay Reiss, mostra que às vezes a felicidade está aonde você menos espera.

Uma pena que demoraram tanto pra trazer este título para o Brasil. Demoraram tanto, que nem faria diferença se esperassem até o próximo natal, época em que ele deveria entrar em cartaz. Afinal, é um filme natalino.

     Atualizar: Bom

Marlo George assistiu, escreveu, mas gostaria de ter assistido e deter escrito esta resenha no natal passado. Estou cansado de ver poster de filme antigo nas molduras dos cinemas brasileiros.

Queremos novidade!!!!


TRAILER