Data de lançamento: 09/08/2013
Estúdio: Imagem Filmes
Direção: Scott Stewart
Roteiro: Scott Stewart
Elenco: Keri Russell, Josh Hamilton, Dakota Goyo, Kadan Rockett, J.K. Simmons
Gênero: Suspense
Duração: 97 minutos
Origiem: EUA
Sinopse: Daniel (Josh Hamilton) e Lacey (Keri Russel) levam uma vida pacata no subúrbio, até que seu filho Jesse (Dakota Goyo) passa a agir de maneira estranha e paranormal.
Os Escolhidos.
A citação ao célebre Arthur C. Clarke logo no início do longa foi uma das poucas coisas interessantes neste filme enfadonho. Não que a trama seja ruim ou que o filme seja dirigido sem o cuidado necessário, mas é mais um daqueles que coloco na categoria "mais do mesmo". Talvez agrade ao público alvo, formado, principalmente ao meu ver, pelos fãs de séries como Arquivo X ou Dark Skies. Este último, inclusive, não deve ser confundido com este filme apesar do nome (Dark Skies é o título original de Os Escolhidos).
Sam Barret. (Imagem Filmes)
Na história, a família Barret tinha lá seus problemas, mas nada além do curriqueiro. O pai, Daniel, estava desempregado e como acontece em alguns casos, tal situação acaba por desunir os casais, em particular no que se refere ao interesse sexual. Ora! Ninguém tem cabeça pra fazer amor com dívidas acumuladas. Lacy Barret, a mamãe, é uma corretora de imóveis que não está com uma maré de sorte à seu favor. Já os filhos, Jesse e Sam se dão bem e acabam se ajudando em meio à crise. Lógico que a barra pesa mais para o filho adolescente, Jesse, que acaba por tentar distrair o mais caçula Sam com historinhas apavorantes antes de dormir. Em particular sobre o temido João Pestana.
Assim a família Barret leva a vida. Os pais tentando se suportar em meio à crise econômica que assola o casal e os filhos fugindo de seus próprios fantasmas, Jesse da separação eminente dos pais e Sam do João Pestana.
Kerri Russell não me convenceu como Lacy Barrett (Imagem Filmes)
Ocorre que, algum tempo depois, fatos estranhos começam a ocorrer na casa onde vivem, em especial durante a noite. Coisas inexplicáveis para as quais os Barret, como qualquer casal normal, tentam achar uma explicação racional. Razoável. Daniel e Lacy logo supõe que as fotos que repentinamente somem das molduras, ou as garrafas organizadamente empilhadas na mesa de jantar são obras de seus filhos. O que eles não sabiam é que não era só isso que estava acontecendo, na conturbada casa de um bairro calmo, onde decidiram criar seus filhos.
Contar mais que isso seria dar spoilers e como vocês, que acompanham o Poltrona Pop já sabem, a política aqui é não estragar sua diverção. Quer saber o que acontece com os Barret? Ficou curioso?
Vá ao cinema e confira com seus próprios olhos.
Coisas estranhas acontecem na casa dos Barrett. (Imagem Filmes)
Os Escolhidos é o terceiro filme de Scott Stewart, que já tinha dirigido Legião e Padre, ambos com Paul Bettany. Sua filmografia como diretor pode não justificar, mas explica o motivo de minhas ressalvas iniciais. Já não tinha gostado de nenhum dos outros longas que Stewart dirigiu e ele ainda não me convenceu como diretor com este novo trabalho. A grande falha de Scott Stewart é a falta de preocupação com o roteiro. Isso já havia acontecido em Legião e se repete em Os Escolhidos. Diálogos longos e sem sal, além da ausência total de frases marcantes e bem sacadas, são a fórmula para um roteiro fracassado, que não prende o espectador e dá sono. Isto é tão grave neste longa, que em dado momento, enquanto a fita rodava, me perguntei: "... mas sobre o que mesmo é este filme?"
Interpretações ruins de doer permeiam este filme. (Imagem Filmes)
Quanto aos atores, estes fizeram o que puderam com aquilo que tinham nas mãos. Keri Russell e Josh Hamilton, que interpretaram o casal Barret, atuam no automático. Não há muita emoção nas cenas de Russell e Hamilton, especialmente nas que requerem que as emoções aflorem, como quando coisas estranhas e preocupantes acontecem com as crianças. Até J.K. Simmons parecia meio cansado neste filme. Os únicos que me pareceram bem nesta obra foram Dakota Goyo (Jesse Barrett) e Annie Thurman (Shelly Jessop). Goyo trabalha bem, já tinha me agradado em Thor, de Kenneth Branagh (ele faz o pequeno Thor) e ela pode vir a ser uma das possíveis candidatas à vaga de Emma Stone como namoradinha da américa. Basta trabalhar mais e nos filmes certos. Talento ela tem e é muito bonita.
Goyo e Thurman. (Imagem Filmes)
O seres fantásticos do filme, não entregarei quais são para não estragar a surpresa, apesar de serem bem manjados, aparecem sempre desfocados, portanto, não metem tanto medo.
Os Escolhidos não me agradou, mas não chegou a me dar sono. É diversão garantida para os teóricos da conspiração de plantão e, como já disse, pode matar a saudade dos órfãos de Mulder e Scully. se você se enquadra neste perfil, boa diversão.
Avaliação: Regular
Marlo George assistiu, e nunca teve contato imediato de terceiro grau. Só queimaduras de primeiro grau. Ele é um cara cauteloso.