Estúdio: 20th Century Fox
Direção: James Mangold
Roteiro: Mark Bomback, Scott Frank
Elenco: Hugh Jackman, Will Yun Lee, Svetlana Khodchenkova, Hiroyuki Sanada, Hal Yamanouchi, Tao Okamoto, Rila Fukushima, Brian Tee
Gênero: Ação, Aventura
Duração: 126 minutos
Origem: EUA
Cenas Extras: Sim (Não deixe o cinema antes de assistir)
Sinopse: Convocado a ir até o Japão por um antigo conhecido, Wolverine se vê envolvido em um conflito com forças que o farão enfrentar seus próprios demônios.
Wolverine : Imortal
Já faz um bom tempo que eu não assisto um filme em uma sessão comum, em geral assisto os lançamentos em cabines de imprensa (sessões exclusivas para jornalistas promovidas pelas distribuidoras) e esta são, quase sempre, silenciosas o suficiente para permitir uma atenção total ao que está sendo projetado na telona. Confesso que voltar ao cinema em uma sessão lotada de adolescentes e crianças barulhentas pode ter comprometido a minha experiência ao assistir o novo longa do "baixinho" mutante mais amado do mundo, que foi dirigido por James Mangold.
Mas como as minhas impressões sobre o filme podem ter sido comprometidas pelo simples fato de assisti-lo em meio à multidão?
Eu explico. Existem três motivos:
Em primeiro lugar, fica muito difícil se concentrar e "imergir" no filme durante as vinhetas dos estúdios e distribuidores do filme (coisa que sempre faço, quando possível), quando se ouve algum sem noção gritar "Não disse que o Wolverine era da Marvel", assim que a vinheta do aludido estúdio invade a tela.
Pelo amor do Eterno! A moda de filmes baseados em histórias em quadrinhos (os filmes, as próprias HQ´s nunca fizeram parte deste hype) já está aí tempo suficiente pra esse camarada (que, pelo que berrou, demonstrou interesse no assunto) ter certeza que o herói é da Marvel.
Em segundo lugar, as malditas pipocas, refrigerantes e afins. Nada contra quem quer curtir a sessão saboreando uma gostosa (pra dizer a verdade na maioria das vezes insossa) pipoca acompanhada de um refrigerante geladinho (geralmente aguado pelo exagero de gelo que colocam pra poupar energia). Nada contra mesmo!
Entretanto, eu detesto a barulhada que o pessoal faz ao mastigar com a boca aberta. Abomino quando alguém fica me cutucando ao caçar os últimos caroços do saco de pipoca. Mas o que mais me irrita mesmo é aquele sujeito que fica sugando as últimas gotas do refri (bem, quando chega nesse ponto só tem água mesmo) com o canudo. Eu sei que a pipoca é uma tradição e que hoje ela representa 40% dos lucros dos exibidores, mas tradição por tradição, acho que o pessoal não seguiu a que deveria ser a principal: Educação.
E eu nem falei dos celulares, viu!
Da próxima vez, vou pro cinema armado que nem o Logan. |
Nessa eu tive vontade de levantar da poltrona e enchê-la de porrada. Mas me contive.
Se você está aqui no Poltrona Pop, lendo esta resenha, você não é um consumidor de cinema comum. Daí que eu tenho certeza de que você já se sentiu assim alguma vez na vida. Você sabe como é...
Explicada esta parte, espero que entenda que eu não estava no lugar ideal para apreciar este filme como deveria. Daí, se minhas impressões sobre o mesmo forem muito discrepantes ou exageradas. Me desculpe.
Um lobo acuado entre o sucesso e o fracasso.
Este novo filme baseado no personagem criado por Len Wein, Herb Trimpe e John Romita (Sr.) em 1974 é, na minha opinião, o teste final para o futuro dos filmes solo de qualquer outro mutante da Marvel. Se este filme desse errado, acredito que ficaria comprovado que nenhum dos X-Men funciona sozinho. Digo isso, pois o próprio Wolverine, se não fosse um afiliado do grupo de Chales Xavier, seria um mero personagem coadjuvante da Marvel sem muita importância. Sua fama veio com os X-Men. Outro fato que corrobora esta minha tese da inconsistência de mutantes em filmes solo é o que aconteceu antes de o filme X-Men - Primeira Classe ser concebido do jeito que foi. Em 2006, o diretor e roteirista Zak Penn foi contratado para escrever e dirigir um filme baseado no personagem Magneto, no mesmo estilo do fracassado X-Men Origens: Wolverine. Porém, os próprios executivos da Fox chegaram à conclusão que focar nas origens do grupo comandado pelo Professor Xavier era mais interessante que focá-lo apenas em um mutante.
Por mais que Erik Lensherr (identidade secreta do Magneto) seja um personagem bem construído, que poderia render um bom argumento, um possível X-Men Origens : Magneto não teria ficado melhor que First Class, dirigido por Matthew Vaughn.
O novo filme do mutante, dirigido por James Mangold, precisava se provar um bom filme, pelo menos, para salvaguardar os prováveis spinoffs futuros da Marvel com mutantes. A tarefa foi cumprida.
Yukio e Wolverine. E quem diria que ela é a guarda costas dele. |
Falando em figurino, outra coisa que o diferencia é o fato de Isis Mussenden, designer de figurino do filme, e Mangold não terem lançado mão de uniformes para os personagens. Até os ninjas estão bem sóbrios e sem acessórios fantasiosos. A única que acabou trajando uma "fantasia" foi a personagem Víbora, vivida por Svetlana Khodchenkova, que acabou ficando meio que parecendo uma "intrusa" com aquele modelito verde apertado, que apesar de absurdo, tinha um objetivo bem claro: Arrancar suspiros dos "cuecas" da platéia. Objetivo cumprido com honras pela fetichista personagem.
Sejamos francos: A Víbora só estava lá pra sensualizar. |
Okamoto e Jackman. A estreante e o veterano. |
Mangold disse que foi muito influenciado pelo filmes japoneses de samurais como 13 Assassinos e na Trilogia de Hiroshi Inagaki sobre Musashi Miyamoto. De fato, os personagens nipônicos estão bem representados por atores como Hiroyuki Sanada (O Último Samurai) e Hal Yamanouchi. Ambos mantém a postura do japonês tradicional tornando toda a atmosfera do núcleo nipônico mais real e foram a grata surpresa do elenco.
Pra ficar bombado, Jackman pediu conselhos ao Dwayne Johnson. Sério! |
Sou fã do Jackman e do seu Logan.
Não deixe de ler a resenha com spoilers, assim que assistir o filme, OK? |
Avaliação: Bom
Marlo George assistiu, escreveu e ainda escuta, ecoando em sua mente, a frase berrada por um inconveniente no cinema, que disse o seguinte, ao ver o símbolo da Trask Industries na cena final: "Caraca! Vai ter o Tony Stark!". Santa ignorância, Batman...
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