As cinebiografias estão na "moda". Nunca foram produzidas tantas biografias cinematográficas quanto hoje em dia. Também pudera. Em uma época em que remakes, reboots e adaptações de todos os gêneros (principalmente de livros, gibis e games) são a ordem do dia, nada mais natural que sejam lançados filmes baseados em livros biográficos, autorizados ou não. E tem filme para todos os gostos. De personalidades famosas e admiradas por todos, como Steve Jobs à outras infames e pouco conhecidas como Tom of Finland. A personalidade que inspirou o filme ora resenhado é uma dessas infames e pouco conhecidas: Linda Lovelace.


No filme de Rob Epstein e Jeffrey Friedman, "Lovelace", conhecemos um pouco da vida de uma mulher que, se não fosse por uma habilidade muito peculiar, teria passado batida pela história da industria pornográfica e teria sido muito mais feliz.

Amanda Seyfried
(Meninas Malvadas) interpreta Linda Boreman, que foi levada a se tornar uma estrela de filmes pornô pelo seu "marido" Chuck. A incauta atriz passou pouco menos de 20 dias nos sets da Gerard Damiano Film Productions, mas o fantasma do que realizou lá a assombrou pelo resto de sua vida. Gosto de pensar que este fantasma se chamava "Lovelace", seu nome artístico.


A trama mostra, paralelamente, o drama de duas mulheres: Linda e sua mãe, Dorothy Boreman. Se por um lado Linda tem que lidar com os problemas de ter sido posta pra fora de casa, Dorothy tenta viver com a culpa de tê-la desabrigado, o que a transformou em uma pessoa famosa no mundo dos filmes adultos ao ser a atriz principal do filme "Garganta Profunda", um clássico do gênero.

Sharon Stone
está irreconhecível como Dorothy Boreman, tanto fisicamente, como profissionalmente. O pessoal da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, deveria considerar com carinho o trabalho de Miss Stone e, ao menos, indicá-la ao Oscar.


Outro que é digno de nota neste filme é James Franco que deu vida à um jovem Hugh Hefner (o dono da Playboy... e também da Mansão Playboy e de algumas coelhinhas). Sério, não merece Oscar, mas nem é preciso se esforçar para ver "Hef" em Franco. Impressionante.

Lovelace tem também um clima "setentista", época em que o filme se passa. A paleta de cores e a granulação dos frames nos convida a uma viagem no tempo. 

Assista Lovelace no cinema e acompanhe a vida de uma mulher que se fortaleceu à medida que a vida (e seu marido) a espancava. 

Recomendadíssimo.



Marlo George assistiu, escreveu e acha que o T-1000 ficou legal como pai do Johnny Cash e da Linda Lovelace.

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