Não dá pra aceitar como um diretor como Jay Oliva, responsável por nada mais nada menos que Liga da Justiça: Ponto de Ignição, o melhor filme da excelente série de animações especiais para vídeo DC Universe Animated Original Movies, pode ter logo em seguida dirigido este engodo chamado Liga da Justiça: Guerra. Este décimo nono longa-metragem animado da DC Comics é, de longe, o mais fraco de todos os títulos já lançados, superando Mulher Maravilha, até então considerado o pior desenho da série.

Nem os heróis salvam este filme.
Baseado na obra de Geoff Johns e Jim Lee (Liga da Justiça: Origem, lançado nos EUA em 2011) a animação peca por apresentar um resumo superficial da obra original. Com uma forte pegada de animação japonesa, tanto no estilo quanto nas fórmulas, Liga da Justiça: Guerra é um amarrado de cenas de pancadaria com um roteiro fiapo, previsível e enfadonho. Além do mais, o filme tem referências demais e até  um plágio descarado da série britânica No Heroics.

Esta cena é plagiada de uma série desconhecida... Que feio.
No quesito animação, parece-me que houve uma preocupação demasiada em fazer as sequências de ação com perfeição e um desleixo exagerado com o restante do longa. O resultado é um desenho mau animado, que mais se assemelha a um episódio qualquer de uma dessas séries longuíssimas de anime (como Dragon Ball ou One Piece, por exemplo) em que a pressa em cumprir prazos compromete o produto final. O diretor de animação é Kirk Tingblad, que estreou neste e dirigirá o próximo filme da série, Son of Batman (ainda sem título nacional). Já estou começando a temer pelo futuro de Damian... Se é que você me entende.

Batman sorrindo com o anel do Lanterna. Corram pras colinas...
Com algumas piadinhas que funcionam, script nulo e animação tosca, Liga da Justiça: Guerra é uma animação dispensável que nada acrescenta para aquele que não conhece as HQ´s e quer ficar por dentro do Universo DC através da telinha e nem satisfaz o fã mais antigo, mesmo aquele menos exigente, como eu.

Bola fora.







Avaliação: Ruim.

Marlo George assistiu, escreveu e achou que os Parademons, como descanso de tela, ficariam legais, no filme são uma tragédia.