Os filmes de super-heróis são a bola da vez. Não se sabe ao certo quando este sub-gênero dos filmes de ação caiu, novamente, no gosto do povo, mas a verdade é que os filmes baseados em personagens da Marvel e DC Comics (sem deixar de citar a Dark Horse) levam multidões aos cinemas no mundo todo.

O mais novo lançamento deste hype poderoso é o novo filme de Bryan Singer, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, que entrará em cartaz nesta quinta-feira.


Com a missão de remendar uma franquia inconsistente, Bryan Singer decidiu dar uma bicada nas ideias do papa do mundo mutante Chris Claremont (um dos mais profiláticos redatores de gibis dos X-Men) e baseou seu novo filme em uma de suas histórias mais memoráveis.

O resultado: Singer conseguiu algo improvável. Amarrou todas as pontas soltas que interessavam dos seis filmes já lançados e ignorou o resto, criando um reboot na franquia, diferente do que foi feito com as do Homem-Aranha e do Quarteto Fantástico. Singer arrumou um jeito de recontar as aventuras dos X-Men, agora e no futuro, mantendo aquilo que a franquia tem de melhor, o elenco.

'Prato cheio pra quem curte os quadrinhos...'

O roteiro tem uma estrutura interessante. Apesar de se passar ao mesmo tempo no passado e no futuro, a trama não fica indo e voltando no tempo toda hora. A ausência de lances ruins, comuns nos filmes da franquia é um dos pontos altos deste novo longa, que é dosado na medida certa. Não é obscuro demais, nem cômico de menos, como imaginei ao assistir os trailers e ver o material promocional. Uma das coisas que me colocaram bastante medo foi o personagem Mercúrio (Evan Peters) que acabou sendo uma das gratas surpresas do filme. Aaron Taylor Johnson que se cuide...

Evan merece um sanduba... O moleque mandou bem...
Legal o cuidado que tiveram em não se enfatizar no roteiro o fato de Bolivar Trask, interpretado por Peter Dinklage, ser um anão. O ator, que é estupendo, não precisa mesmo deste tipo de moleta para sustentar um papel.

As paletas de cores usada, no passado e no futuro, são bastante diferentes. A primeira nos remete a filmes antigos como Serpico e Taxi Driver, enquanto a segunda abusa no contraste entre cores sombrias e berrantes, dando um clima futurista bem atual.

Os atores estão em sua melhor forma. Hugh Jackman continua exagerado, mas também continua sendo o Wolverine perfeito (apesar da altura). Michael Fassbender é um dos maiores astros da atualidade e nos entrega um Magneto mais ameaçador que nunca. Como já disse, Evan Peters arrasa. Ele conseguiu, finalmente, me fazer levar fé nele, ao encontrar (sabe-se lá onde) o carisma necessário para compor a personagem. Porém, a cereja do bolo é a interação entre Sir Patrick Stewart e James McAvoy. Maravilhoso...

Dessa vez não deu, Jen...
Jennifer Lawrence está mais do que overacting neste filme. Acho que se ela pudesse, teria pulado fora da franquia. Isso que dá jogar um Oscar no colo de atrizes jovens demais. Outro que não esteve bem foi o nosso considerado Sir Ian McKellen, que pareceu-me estar sendo poupado por algum motivo.

Com efeitos especiais que não decepcionam e trilha sonora inebriante, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido é um prato cheio pra quem curte os quadrinhos, pra quem só conhece os filmes ou pra quem quer começar a se embrenhar no universo mutuna. Vá ao cinema e divirta-se.



Marlo George assistiu, escreveu e parece ser o único no mundo que ainda lembra que a Kitty Pryde é a Ninfa!



Título: X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
Lançamento: 22 de maio de 2014
Distribuição: Fox Film do Brasil
Diretor: Bryan Singer 
Roteiro: Simon Kinberg 
Elenco: Patrick Stewart, Ian McKellen, Hugh Jackman, Michael Fassbender, James McAvoy, Jennifer Lawrence, Halle Berry, Nicholas Hoult, Ellen Page, Shawn Ashmore, Peter Dinklage, Omar Sy, Daniel Cudmore, Fan Bingbing, Boo Boo Stewart, Adan Canto, Evan Peters, Josh Helman, Lucas Till, Evan Jonigkeit
Duração: 131 minutos
Cena pós-crédito: SIM!

Sinopse: Os X-Men enviam Wolverine ao passado em um desesperado esforço de mudar o passado para evitar a extinção dos mutantes no futuro.