O Arch Enemy fez uma campanha publicitária muito boa desde a saída de Angela Gossow do grupo, isso não posso discordar. Mas, o que mais ficou em minha mente é se no fim, o disco seria tão bom quanto a música que tem seu nome ou se seria apenas um disco com uma ou duas músicas boas. Ainda bem que não foi.

A polêmica saída de Angela criou um vazio no coração do fã da banda. O trabalho de Alissa White-Gluz, atual vocalista do Arch Enemy, não era muito bom em sua antiga banda, The Agonist, então eu fiquei meio chateado no início. Só que acho que o vazio foi preenchido quando foi lançado o vídeoclipe da música War Eternal. E no momento que eu não conseguia tirar o refrão da cabeça, soube que eles não estavam de bobeira. Além da música ter uma letra maneira, a música mostrou que a banda estava em sintonia com a nova vocalista.

E, isso é importante porque se a banda está em sintonia, o público tende a ficar também.

"É inegável dizer que o disco é chato ou repetitivo"



Qualquer um que duvidou de
seu potencial, se ferrou!
A grande verdade é que o Arch Enemy nunca foi apenas mais uma banda de metal, eles sempre foram únicos e seu som era de fácil reconhecimento. A banda acertou em não mudar com a nova vocalista e manter seu peso, fazendo então com que ninguém pudesse fazer comentários como "Ah, preferia a Angela!" ou "A banda perdeu muito com a entrada da Alissa", porque ela não mudou. Na verdade, vê-se pouquíssima diferença entre a voz das duas cantoras.

A parte instrumental do disco também é fenomenal, com solos de guitarra perfeitos, um baixo cumprindo seu papel e um baterista sem medo de fazer viradas ou de usar seu bumbo-duplo. É impossível negar que a banda fez um bom trabalho em cima do disco, e mais inegável ainda dizer que o disco é chato ou repetitivo.

O disco começa bem com Tempore Nihil Sanat (Prelude in F minor), que dá um clima bem calmo, pra te preparar pra porrada que está por vir. Mas, dou destaque para a última música, Not Long for This World, que termina o disco com aquela chave dourada que poucos conseguem forjar.

Sem medo de arriscar, o Arch Enemy voltou com um disco que fez história para qualquer fã de metal.

Andreas Cesar ouviu, criticou e tem certeza que pelo menos uma vez por ano vai voltar a ouvir esse disco, muito bom!


Banda : Arch Enemy
Álbum : War Eternal
Data de lançamento : 10 de junho
Duração : 50:32
Gravadora : Century Media
Produção : Arch Enemy
Integrantes :
- Alissa White-Gluz : Vocal
- Michael Amott : guitarra solo/ritmo e teclado
- Nick Cordle : guitarra solo/ritmo
- Sharlee D'Angelo : baixo
- Daniel Erlandsson : bateria