Existe uma rixa por parte dos leitores de comics convencionais sobre mangás. Alguns inclusive se negam a reconhecer mangá como gibi. Costuma separar quadrinhos de mangás, da mesma forma que se separa cachaça de vodka. Entretanto, os mangás vieram para ficar no mercado brasileiro. Dentre as 10 revistas em quadrinhos mais vendidas nas bancas, nove são mangás, e a décima é a série mensal do Batman.
    Mas, mesmo sendo um preconceito tolo, dá para se explicar o motivo: Durante muito tempo o Brasil foi abastecido por mangás para adolescentes que eram carregados nas cenas exageradas e de pastelão, criando o estereotipo de mangá. Muitas revistas já foram publicadas que quebravam esse paradigma, e a mais recente está sendo publicada pela JBC.

   Prophecy surpreende pela qualidade da história e pelo modo como trata de elementos recentes da cultura pop sem parecer forçado. O enredo da revista gira em torno de uma série de crimes anunciados pela Internet, entretanto, as motivações para o crime são definidas por um sentido de "justiça com as próprias mãos" muitas vezes compartilhado pelo cidadão comum. O uso de elementos da  cultura online são usados com maestria na série. O ritmo e a arte casam muito bem para o estilo sóbrio da história, fazendo a combinação ficar perfeita.

    A série foi anunciada para 3 edições, o que serve apenas como outro incentivo para dar uma chance a essa série. O mercado das comics americanas está cheio de grandes obras consideradas clássicos e que são fortemente citadas pelos fãs. Prophecy tem tudo para se tornar um equivalente para os mangás e para os quadrinhos em geral. Basta esperar agora que o ritmos das próximas edições seja o mesmo!
Porque, se manter, Prophecy vai valer muito a pena!

Jorge Caffé leu, releu e curtiu todos os vídeos do homem-jornal....