Porém, em 2012, surgiu a exceção à regra: "Anjos da Lei".
De modo relaxado, tirando sarro de sua própria condição de remake e com um elenco afinado, o longa (baseado na série de TV homônima que entre outras coisas lançou Johnny Depp para o mundo) conquistou uma legião de fãs que jamais havia ouvido falar na obra que o originou, e como a lógica de Hollywood é dar sequência ao que deu certo (ou melhor dizendo, deu dinheiro), um segundo filme foi logo anunciado.
O desafio agora não era se tornar uma obra relevante e independente da original, é se livrar da maldição que atinge muitas franquias: "O segundo filme é sempre pior que o primeiro".
"Anjos da Lei 2" cumpriu o desafio com louvores.
O segundo filme da série é melhor que o primeiro, até porque ele utiliza a mesma estrutura narrativa de "Anjos da Lei". Há até uma piada no roteiro neste sentido. "É exatamente a mesma coisa!!!", berra o Vice-Chefe Hardy (Nick Offerman), referindo-se à nova missão de Jenko e Schmidt, cheio de ironia. Isto porque o primeiro ato do segundo filme é exatamente igual ao do primeiro. Porém, todas as situações e piadas são apresentadas sob um novo contexto, sendo isto um trunfo inesperado.
Arriscado, sim, mas inesperado. Daí em diante ocorre um plot twist e o filme conta sua própria história, que é imprevisível.
Falando em Jenko e Schmidt, a dupla Channing Tatum e Jonah Hill está mais entrosada do que no último longa. Tatum não demonstrou incômodo (ou seria insegurança) ao atuar nas cenas de comédia como aconteceu no filme antecessor. Mais maduro como ator, usou em seu benefício a marcação nas cenas e funcionou muito mais como escada para o piadista Jonah Hill. Hill por sua vez continua excelente nas caras e bocas e sempre dá um show quando está contracenando com Ice Cube. As cenas dos dois são impagáveis.
Impagável também é a piada que a atriz que interpreta a mulher do Capitão Dickson (Cube), que eu não vou entregar quem é pra não estragar a surpresa, faz com as origens do irritadiço líder dos Anjos da Lei. Apesar de ser uma piada interna, que poucos pegarão, funcionou muito bem. Eu ri alto.
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As cenas que rolam nos créditos finais são muito bem sacadas... |
A cena pós-crédito fecha o filme com chave de ouro.
Se você procura por diversão, ação e adrenalina, os "irmãos" Jenko e Schmidt são sua companhia ideal.
Marlo George assistiu, escreveu e ainda vai pro Spring Break...

Estúdio: Columbia Pictures (Sony Pictures)
Diretor: Phil Lord, Chris Miller
Roteiro: Michael Bacall, Rodney Rothman, Oren Uziel
Elenco: Jonah Hill, Channing Tatum, Ice Cube, Amber Stevens, Craig Roberts
Gênero: Ação, Comédia
Duração: 112 minutos
Cena pós-crédito: Sim
Sinopse: Os oficiais Schmidt (Jonah Hill) e Jenko (Channing Tatum) têm agora uma nova missão: se infiltrar em uma faculdade local. O problema é que, em meio à investigação, Jenko conhece sua alma gêmea em plena equipe de atletismo e Schmidt, após se infiltrar no centro de arte boêmia, começa a questionar a dupla. Em meio aos inevitáveis problemas de relacionamento, eles precisam encontrar um meio de desvendar o caso que estão investigando.
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