Não é de hoje que Hollywood aposta em remakes e sequências de obras consagradas. Na maioria dos casos, tais longas não passam de projetos oportunistas e que visam nada mais que o bolso dos fãs da obra original. Filmes como "Esquadrão Classe A" (2010), "Starsky & Hutch - Justiça em Dobro" (2004) e "Os Gatões: Uma Nova Balada" (2005) não passam de produções canastronas que em nada se parecem com as séries em que se basearam. Faltava o charme, a pegada e o tesão que os "enlatados americanos" esbanjavam nas telinhas. Porém, em 2012, surgiu a exceção à regra: "Anjos da Lei".
O desafio agora não era se tornar uma obra relevante e independente da original, é se livrar da maldição que atinge muitas franquias: "O segundo filme é sempre pior que o primeiro". "Anjos da Lei 2" cumpriu o desafio com louvores.
Falando em Jenko e Schmidt, a dupla Channing Tatum e Jonah Hill está mais entrosada do que no último longa. Tatum não demonstrou incômodo (ou seria insegurança) ao atuar nas cenas de comédia como aconteceu no filme antecessor. Mais maduro como ator, usou em seu benefício a marcação nas cenas e funcionou muito mais como escada para o piadista Jonah Hill. Hill por sua vez continua excelente nas caras e bocas e sempre dá um show quando está contracenando com Ice Cube. As cenas dos dois são impagáveis.
Mas as cerejas do bolo são as ideias que foram apresentadas logo no início do filme (que remete imediatamente às séries de TV) e também nos créditos finais, quando rolam várias cenas bem legais (uma delas com uma participação especialíssima e bem conveniente) que podem indicar de que a brincadeira acabou.
Marlo George assistiu, escreveu e ainda vai pro Spring Break...
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