Quando vou ao cinema assistir a um filme que está indicado ao Oscar, sem dúvida minha expectativa aumenta, pelo simples motivo de o longa estar concorrendo ao maior prêmio do cinema mundial. É dito que a expectativa é a mãe da decepção, contudo considero isso um engano e "O Jogo da Imitação" sem dúvida é minha prova.

Existem atores que se saem bem em papéis, enquanto ao mesmo tempo existem atores que encarnam seus personagens e os tornam maiores que a própria vida seria ou foi. O Alan Turing é um desses personagens e Benedict Cumberbatch conseguiu interpretá-lo de forma tão magnífica que não poderia ser classificado como algo menor que espetacular.

Keira Knightley não se sobressai, mas também não atua mal. O resto do elenco (Matthew Goode, Charles Dance, Rory Kinnear, entre outros) são ótimos coadjuvantes, algo realmente difícil quando o filme gira em torno de uma personagem e é baseado em fatos reais.

Não é apenas Cumberbatch que está bem no filme,
os atores coadjuvantes também arrebentam!
O filme começa meio arrastado e só após os primeiros vinte minutos que começa a ficar interessante, contudo, a partir daí o roteiro começa a ficar tão bem amarrado que não se consegue parar de prestar atenção por um segundo sequer da trama. A trilha-sonora também é muito boa e seguindo o ritmo do filme. Ela passa uma sensação de tranquilidade e ansiedade ao mesmo tempo, numa combinação que, apesar de incomum, é muito boa.

Com uma história impressionante e comovente, além de um elenco afiado e preciso, "O Jogo da Imitação" é certamente um dos melhores filmes que estão concorrendo ao Oscar de 2015, e não seria nenhuma calamidade se ganhasse.


Andreas Cesar está impressionado em como Cumberbatch consegue atuar tão bem em tantos papéis diferentes...