Por que a grande maioria dos filmes de terror da atualidade - salvo raríssimas exceções - não cumprem a simples função de deixar os espectadores com medo e completamente ressabiados de dormirem com a luz apagada?

Essa é a pergunta que vem à mente quando se assiste "Renascida do Inferno", novo exemplar do popular  gênero, estrelado por Olivia Wilde, Evan Peters e um bando de desconhecidos.


Nada de novo no front (de novo!)

Na absurda trama - que mais parece uma maluca mistura de "Linha Mortal" com "Hellraiser" do que uma história a ser levada a serio -, uma equipe de estudantes pesquisa o mapeamento do cérebro humano. Quando acidentalmente um dos membros morre, seus colegas tentam a reanimação e, sem querer, libertam uma força maléfica. Lutando por suas vidas, a equipe precisará conter a força mortal de sua colega, antes que ela seja solta no mundo.


A partir daí, a ficção científica dá lugar à mais óbvia história sobrenatural, recorrendo a um preguiçoso flashback - que parece copiado de "O Iluminado" - como se fosse algo inesperado mas que está lá o tempo todo.

Tudo bem. Ninguém está esperando genialidade num filme do gênero... Mas um pouquinho de criatividade ao contar uma história clichê não faz mal a ninguém.

Todo mundo já deve estar cansado de filmes de terror que TENTAM assustar mais com trilha sonora absurdamente alta e cenas no escuro - onde fica bem fácil saber ONDE o "monstro" aparecerá quando acender as luzes - do que pelo roteiro e por situações funcionais dentro da trama. O máximo que conseguem é irritar...

E se não soubéssemos que este filme foi produzido recentemente, poderíamos jurar que saiu de uma daquelas saudosas promoções de videolocadora tipo "pague três, leve cinco".

Nada se salva e esperamos que a forçação de barra para uma continuação não arraste Olivia Wilde e Evan Peters - que estão desculpados pois todo mundo tem que pagar o aluguel.



Kal J. Moon se assusta com os descontos em seu contracheque...