O que o espectador mais aficionado por cinema menos esperaria em 2015 era ver um filme de ação estrelado por... Sean Penn.

Não que ele não fosse capaz de tal façanha... Penn é um ator completo e um diretor tarimbado em Hollywood, com aval entre os grandes para fazer o que lhe der na telha.

E por "o que lhe der na telha", podemos classificar "O Franco-Atirador", novo filme de Penn, ao lado de Javier Bardem e grande elenco.

Tiro, porrada, bomba... e reflexão!

E se Liam Neeson pode derrubar vários brutamontes com apenas três tapas na saga "Busca Implacável", Penn pode mostrar o que aprendeu.

Mas é claro que o politizado Penn não faria um filme de ação acéfalo, apenas para puro entretenimento. Ele próprio "meteu o bedelho" no roteiro para contextualizar melhor a história do matador de aluguel Martin Terrier (o próprio Sean Penn) que pretende se aposentar e passar o resto da vida ao lado de sua amada (Jasmine Trinca). Mas quando ele descobre que está sendo traído por pessoas de sua confiança, Martin começa uma viagem por toda Europa para
acertar as contas com cada homem que tentou trapaceá-lo.


A partir daí, no melhor esquema global visto desde James Bond a Velozes e Furiosos, temos uma longa perseguição pelo mundo, grandes cenas de pancadaria, tiroteios mirabolantes e um protagonista tão carismático quanto Sylvester Stallone nos tempos áureos.

A diferença entre esse filme e todos os demais realizados na saudosa década de 1980 é justamente seu contexto político, denunciando um regime praticamente escravo realizado no continente africano embaixo dos narizes das Nações Unidas sem que ninguém faça absolutamente nada.

E por conta desse serviço sujo, o protagonista tem de correr para salvar sua própria vida e proteger a vida de quem realmente importa a ele.

Diversão garantida com um pouquinho de reflexão. Nos dias de hoje, é uma boa pedida e não faz mal a ninguém...



Kal J. Moon acha que Penn tá A CARA do Stallone nesse filme!