Existem algumas ideias que são realmente originais. São tão boas que você fica com ódio de não ter pensado naquilo antes.

É o caso do filme "Amizade Desfeita".

Veja bem, um filme cujo único cenário é a tela de um laptop, onde toda a ação acontece por intermédio de redes sociais e interação de adolescentes é uma sacada tão boa, que eu fico me perguntando porque ninguém tinha pensado nisso antes. Além de barato, o projeto seria inovador e poderia inaugurar uma nova linguagem cinematográfica, antenada com o que está rolando atualmente no mundo, tornado-se algo visionário.

Porém, tal conceito só tem dois caminhos a seguir: O sucesso fenomenal ou o fracasso total, não tem meio termo.


"Amizade Desfeita", de Levan Gabriadze, acabou seguindo o caminho indesejado, simplesmente porque faltou algo que é mais importante que uma ideia original: Um roteiro.

Para que essa ideia desse certo, seria necessário um script igualmente interessante e inovador. Porém o que se desenrola na telona nada mais é que uma história curriqueira de terror, que não teria nada de interessante (ou inovador) caso se passasse em uma cabana num lugar ermo. É a velha história de um assassino (neste caso assassina) que vai dizimando um grupo de adolescente, um após o outro, usando um método diferente para cada assassinato, enquanto promove uma gincana bizarra. Não passa de uma versão "on-line" de Jogos Mortais.

Sinceramente, não sei qual o público que este filme quer atingir e nem porque uma sequência já está prevista para o ano que vem. Pelo menos "Amizade Desfeita 2" (possível título do filme) terá outro roteirista.

Tomara que este "desfaça" o estrago promovido por Nelson Greaves no original.



Marlo George assistiu, escreveu e não "curtiu" este filme.