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A questão delicada : baseia-se em fatos reais.
O filme começa arrastado, o que é um problema para um longa de duas horas de duração, pois dá vontade de simplesmente sair do cinema e fazer outra coisa. Contudo, com o desenrolar da trama e o desenvolvimento do roteiro, o longa começa a instigar o espectador a saber como se dará o fim da história e até mesmo torcer para que os protagonistas tenham sucesso na investigação.
O final do filme é emocionante, com cenas que são ao mesmo tempo belas e chocantes.
As atuações de Michael Keaton e Rachel McAdams se destacam das demais, pois ambos estão atuando impecavelmente e mostrando todo seu potencial. Mark Ruffalo teve uma boa atuação em algumas cenas mas não convenceu durante todo o filme, por simplesmente fazer os mesmos trejeitos que sempre faz em outros personagens. John Slattery e Liev Schreiber também atuaram bem. Os outros atores se encaixaram em seus papéis, mas sem destaques.
A direção de Tom McCarthy unida ao roteiro, de autoria própria junto com Josh Singer, é perfeita a partir do segundo ato, o que evidencia que o ator tem futuro como diretor, visto que esse é o quinto filme que dirige, somente. O único problema do roteiro é o primeiro ato que além de maçante é confuso, não dando um bom entendimento sobre a trama logo no começo e sendo necessário um tempo para você se acostumar com os personagens e entendê-los completamente.
O que intriga em "Spotlight - Segredos Revelados" é o sentimento que se tem ao descobrir os podres da Igreja católica ao esconder e encobrir os padres que cometem abuso sexual infantil. Pensar que este filme é baseado em acontecimentos reais é aterrorizante e leva-me a questionar se esse tipo de atitude é incomum na Igreja. Óbvio que não.
Um filme que poderia ser excelente, se não fosse pela sua longa duração, desnecessária, e um primeiro ato ruim.
Andreas Cesar assistiu, criticou e está indignado com a forma que esse filme o fez olhar de um modo diferente para a Igreja Católica...