A CRÍTICA A SEGUIR CONTÉM SPOILERS DA ANIMAÇÃO, SE QUISER QUE SUA EXPERIÊNCIA SEJA COMPLETA, NÃO LEIA.
O roteiro de "A Piada Mortal" é deixado de lado nos primeiros 30 minutos do longa, que trazem uma história ridícula, além de bem infantil, da personagem Batgirl. Não, o fato de envolver cenas de sexo entre o Batman e a Batgirl não fazem com que esse arco seja maduro. Brian Azzarello (Lex Luthor: Homem de Aço), que escreveu o roteiro, simplesmente cuspiu na história de Moore ao entregar-nos aquela baboseira no início da animação. Pelo menos, ao final desses 30 minutos, o roteiro não inova, como deveria ter sido desde o início, e é completamente "A Piada Mortal" (se quiser, pode passar esse início, não fará a mínima diferença), sendo uma história excelente, mas não podia se esperar menos que isso.
Pra que tanta importância, Batgirl? |
Outro problema, que é recorrente desde "Liga da Justiça - Guerra", é a péssima animação. A DC Comics deveria se envergonhar de ser o mesmo estúdio que anos atrás trouxe animações tão bem realizadas como "Flashpoint Paradox" e "A Nova Fronteira", e em pleno 2016 lançar uma animação que parece ter sido feita por aqueles estúdios de animes, e quem dera eu estivesse mencionando o Studio Ghibli...
A dublagem é muito boa, senda realizada principalmente por Kevin Conroy, Mark Hamill, Tara Strong e Ray Wise. Palmas pra Hamill, que novamente esteve muito bem no papel do Coringa, sendo sem dúvida o destaque da animação. Pena que isto não é o suficiente para fazer com que ela seja nem mesmo regular.
Se tivesse começado dessa cena, a nota final seria no mínimo boa... |
Com um arco totalmente novo criado no início da animação, que me fez, como fã da HQ original, ter vontade de vomitar e não assistir mais nada o dia inteiro, "A Piada Mortal" é fraco e não chega nem mesmo ao mindinho da história em que se baseia. Ainda que a releitura seja fiel após a metade do longa, não é suficiente para esconder os graves erros da animação e a primeira impressão não sai da mente de quem a assiste. Se existia dúvida que Bruce Timm ou Azzarello poderiam errar a mão, está sanada...
Uma pena.
Uma pena.
Andreas Cesar assistiu, criticou e fica triste por ver aquela que poderia ser uma animação digna de se tornar um clássico se sucumbir em uma tragédia inexplicável... Esperava mais de Azzarello...