A mais longeva franquia do cinema de animação está de volta!
O mamute Manny, o tigre dentes-de-sabre Diego e a preguiça Sid estrelam "A Era do Gelo - O Big Bang",  numa quinta aventura em 3D.

Proposta X Resultado


Não é fácil agradar as crianças de hoje em dia. Internet, games, TV a cabo, tudo parece querer afastar os pequenos consumidores das salas de cinema. Filmes de animação não estão fora dessa regra. E o fato de sempre haver um produto derivado em outro lugar que não a sala de exibição. Mas e quando o que é exibido nas telonas deixa de chamar a atenção do público-alvo? É aí que mora o perigo...
Na trama deste novo longa-metragem animado, a épica perseguição do esquilo Scrat pela noz o leva ao espaço sideral, onde ele, acidentalmente, desencadeia uma série de eventos cósmicos que transformam e ameaçam A Era do Gelo.

Para que todos se salvem, Sid, Manny, Diego e o resto do grupo devem deixar sua casa e embarcar numa missão cheia de comédia e aventura, viajando por novas terras exóticas e encontrando uma série de novos personagens.

Existe uma proposta clara de colocar alguns princípios científicos em meio a história e isso é um ponto muito positivo. Mas quando se tem uma trama que segue em três caminhos completamente desnecessários, com muitos personagens que não se tem como explorar da forma adequada e, ainda por cima, com o sentimento de que o bom humor e a diversão se foram, fica a sensação que esta franquia perdeu parte da relevância, tornando-se apenas mais um subproduto no meio de licenciamentos mil.

Os quesitos técnicos estão impecáveis e o visual multicolorido deve agradar às crianças mais novas.
Porém, deve-se destacar, nominalmente, a dublagem da doninha maluca Bucky, realizada com apuro e destreza no Brasil por Alexandre Moreno, que dá um verdadeiro show cantando uma paródia em português do clássico "O Barbeiro de Sevilha". É realmente impressionante e de cair o queixo.
No mais, é não esperar muito e se conformar com o que vem por aí. Pena.


Kal J. Moon ainda não entendeu por que 2016 está sendo um ano tão "desanimado"...