Para muitos fãs uma banda manter seu estilo é confortante, já que, por exemplo, o Metallica foi criticado negativamente em álbuns como "St. Anger", que fogem do estilo inicial da banda. Contudo, a fórmula pode se tornar cansativa com a repetição, e é isso que acontece com o Almah em parte de seu novo disco.

"E.V.O." tem tudo que uma banda de metal precisa, um guitarrista excelente, uma cozinha poderosa e um vocal carismático, apesar de não ser o ideal no sentido técnico. O problema da banda é quando tenta repetir fórmulas já utilizadas por bandas de estilo parecido, nos anos 90, como por exemplo a antiga banda do vocalista Edu Falaschi, Angra.

O álbum inicia calmo, com uma virada rápida após o primeiro minuto do álbum, só que a mudança é tão brusca que incomoda. Mas isso passa. O que não passa é a série de músicas sem nada de especial no início do álbum, me dando a sensação de "já ouvi isso antes", quando não é a sensação de plágio, logo no início da primeira música, "Age of Aquarius", que é muito parecida com a segunda parte da música "Lasting Child". Pasmem, do Angra.

O potencial que tinha de inovar, unido ao fato de não ter inovado, não consegue tornar o disco um clássico. Mas, é um bom álbum.

"Speranza" e "Innocence" sem dúvida são as piores do disco. Os solos não são tão bons quanto poderiam, ainda mais com o potencial do Marcelo Barbosa, este que é provado em "Higher", que é uma das boas músicas do disco. E é a partir daí que eu começarei a abordar mais os pontos positivos do álbum.


A partir de "Higher" o álbum começa a ficar bom. Após o primeiro choque de músicas enfadonhas e sem criatividade, o álbum abre espaço para canções onde o talento dos músicos é mais importante que a repetição de fórmulas antigas. "Pleased to Meet You", "Corporate War" e "Capital Punishment" mostram aquilo que faltava no início do álbum, criatividade. Vale lembrar que "Higher" é a quinta música do disco, então não é justo crucificá-lo, visto que é a sequência das quatro primeiras músicas que é ruim e não o CD inteiro.

Resumindo, o álbum começa muito fraco, mas do meio para o final ele tem músicas boas e regulares, sendo as duas últimas as melhores do disco. Irá agradar aos fãs de metal, assim como me agradou a partir de "Higher". Ainda assim, o potencial que tinha de inovar, unido ao fato de não ter inovado, não consegue salvar o disco completamente e o tornar um clássico. Mas, é um bom álbum.