Sonata Arctica é uma banda das bandas de power metal que eu não conhecia. Conheço pouco do gênero, conhecendo somente o Helloween, o Dragonforce, o Blind Guardian, o Symfonia e os brasileiros Shaman e Angra, mas de uns tempos para cá tenho aumentado meu gosto pelo estilo e procurado por novos grupos. A banda filandesa Sonata Arctica é sem dúvida uma das mais conhecidas do gênero atualmente, tendo sido criada em meados dos anos 90 e ganhado muita fama no cenário do metal desde então, tocando em festivais como Wacken e Masters of Rock.

Pesquisei sobre o passado da banda ouvindo músicas dos álbuns Ecliptica e Silence, e gostei do que ouvi, antes de fazer a crítica. Foi com grande expectativa que comecei o álbum "The Ninth Hour" e não me decepcionei.

Para a proposta da banda, como percebi nos discos anteriores, a banda se manteve coerente. Os músicos são incrivelmente competentes, como devem ser nesse tipo de metal, afinal não é qualquer um que pode sair tocando power metal, visto que é necessário muita técnica nesse estilo. O vocalista Tony Kakko mostra-se um grande cantor em equivalência aos músicos da banda.


As músicas "Fairytale", "On the Fault Line", "Candle Lawns" e "Till Death's Done Us Apart" se destacam. A introdução de "We are What we Are" é muito bonita e ela se mantém em alto
nível a música inteira, sendo a minha preferida do disco.

A banda retornou em alto estilo e trouxe um dos grandes álbuns de metal de 2016

A ideia de retornar a uma música antiga em "By the Grace of the Ocean", que é a segunda parte de "White Pearl, Black Oceans" me deixou curioso. É uma ousadia da banda, visto que isso pode dar muito errado. A primeira parte é muito reconhecida pelos fãs como uma das melhores músicas da banda, e realmente é ótima. A segunda parte tem uma introdução muito boa, sendo uma música mais lenta, mas é uma ótima sequência, que amplia ainda mais a primeira canção. A música tem seus momentos lentos e rápidos se casando muito bem, e termina muito bem com um instrumental incrível.

As músicas "Closer to an Animal" e "Fly, Navigate, Comunicate" são as mais regulares do CD. Não chegam a ser ruins, mas não tem nada de especial. Outro problema do Sonata Arctica é comum a uma maioria das bandas de power metal: ou você adora, ou detesta. É difícil haver um meio-termo nesse tipo de música, já que há um certo radicalismo nesse estilo, os metais, as letras das canções, é difícil agradar inteiramente quem não gosta.

A banda retornou em alto estilo e trouxe um dos grandes álbuns de metal de 2016. Ao lado de Dystopia, do Megadeth, é sem dúvida um disco que vai marcar esse ano.