Porém, ao contrário do inesperadamente bem-sucedido Guardiões da Galáxia, Passageiros se atrapalhou com o tema, que mistura sci-fi com romance à la Nicholas Sparks. O roteiro de Jon Spaihts, responsável pelas linhas de Prometheus e Doutor Estranho, é bem piegas e recheado de clichês. Apesar de ser um filme curto para os padrões atuais, com pouco menos de duas horas, Passageiro é arrastado e cansativo. Existem até alguns momentos de tensão e adrenalina, mas o resultado final não empolga.
O filme conta a história de um acidente espacial envolvendo uma nave que partiu da Terra, com cerca de 300 tripulantes e 5.000 passageiros em estado de animação suspensa, para uma viagem com duração de 120 anos. O resultado: Uma avaria nas câmaras hiperbáricas desperta um destes passageiros 90 anos antes da viagem ser concluída. Contar mais que isso é dar spoiler e isso eu não costumo fazer.
A trama é bem simples e apresenta um dilema ético que permeia o romance do casal protagonista, mas esta é muito mal desenvolvida, assim como as personagens também o são.
Os efeitos visuais não são inovadores e tudo que é mostrado na telona me pareceu familiar. A trilha sonora segue o mesmo caminho, não saindo do lugar comum e o filme, como um todo, parece datado. A própria escalação de Chris Pratt como Jim Preston, o mecânico que desperta na nave após o aludido acidente, é errada. Ele já está em uma franquia notável, o Universo Cinematográfico Marvel, num arco galáctico e colocá-lo à bordo novamente parece, na melhor das hipóteses, oportunismo.
Pratt e Lawrence. Casal sem sal. Faltou química |
Talvez tenha sido por isso que o filme não é lá tão... excitante.
Lawrence Fishburne e Michael Sheen estão bem como o tripulante Gus Mancuso e o robô Arthur, respectivamente. Já Andy Garcia tem o mínimo do mínimo de tempo de tela e nenhuma linha. Ficou até engraçado.
Passageiros pode funcionar pra quem gosta de romance, mas se o seu barato, como eu, é sci-fi, passe longe, pois não convence.