Agora, em 2017, um novo filme da franquia é lançado, com mais musculosos suados e damas de vermelho. Baywatch: S.O.S. Malibu, do diretor Seth Gordon, invadiu os cinemas e não convenceu.
Bobo demais, o filme já começa com uma cena constrangedora na qual o protagonista Mitch Buchannon (Dwayne Johnson) emerge do mar, todo posudo após salvar um banhista indisciplinado, com a logomarca da franquia surgindo ao fundo. Cafona é pouco. O que vem depois são uma sucessão de piadas sem graça e desfiles de corpos malhados e semi-nus. Os conflitos do roteiro são desinteressantes e os personagens vazios, meros arquétipos desmiolados pela carência de bons diálogos do roteiro. O motivo da vilã é absurdo e a trama não tem tensão, drama ou qualquer artifício que a torne interessante. O desfecho é previsível e traz um gancho para uma sequência. Espero que desistam da ideia.
Aliás, que serventia tem um alívio cômico em um filme de comédia?
Apenas as referências que o filme traz são legais. Especialmente a que cita um dos golpes de The Rock, de seus tempos na WWE. Foi muito bem sacada.
Filmado em locações nas praias de Miami, Florida e Savannah, na Georgia, tem trabalho de produção desleixado. Talvez seja um reflexo do orçamento baixo dispensado para a mesma.
Alguns filmes baseados em série de TV falham porque apostam em fórmulas do passado que já não convencem a audiência. Starsky & Hutch - Justiça em Dobro, de 2004, Esquadrão Classe A, de 2010, e mais recentemente Chips são dois bons exemplos disso. Porém, Os Gatões: Uma Nova Balada, os dois filmes baseados em Anjos da Lei, a nova trilogia Star Trek e o último longa de Power Rangers são exemplos de filmes que apresentaram versões bacanas e servem como homenagens ao material original.
O fato de um filme ser baseado em seriados não é determinante para o seu sucesso ou fracasso. Fato é que existem filmes bons e ruins, tanto originais quanto adaptados.
Baywatch: S.O.S. Malibu é um dos ruins.
Marlo George assistiu, escreveu e acha que esse filme vai afogar na bilheteria. Só não é pior que 'Os Gatões 2: O Início', de 2007, que peca por ser um remake do remake.