Com entrada gratuita, trinta e dois filmes de 19 países integram a programação da 8º edição do “Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência” que chega ao Rio de Janeiro (16 a 28/08/2017), Brasília (05 a 17/09/2017) e São Paulo (20/09 a 01/10/2017) nas unidades do Centro Cultural do Banco do Brasil. Além de produções brasileiras, foram selecionados trabalhos de outros 18 países: Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Suíça, Itália, Espanha, Polônia, Bulgária, Finlândia, Espanha, Turquia, Ucrânia, Tailândia, Alemanha, Rússia, Índia, Myanmar e Letônia.

Entre as produções destacam-se “Eu sou Jeeja” - sobre a indiana Jeeja Ghosh, líder ativista pelos direitos dos que têm paralisia cerebral na Índia -, “ 50 X Rio” - filme italiano que conta a história de Alex Zanardi, ex-campeão de fórmula Indy que se preparou para os Jogos Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro - e, “Dois Mundos”, obra polonesa que mostra a família de Laura, garota de 12 anos que tem pais surdos.



Além da exibição audiovisual, serão realizados quatro debates com os temas "A visão e os sentidos da arte", "Corpo e movimento", "Tecnologia assistiva de ponta" e "Amor e relacionamento". Os documentários inéditos trazem histórias protagonizadas por pessoas com diversas deficiências como síndrome de Down, autismo, paralisia cerebral, atrofia muscular espinhal, deficiência física, visual, auditiva e intelectual.

Os curadores Lara Pozzobon e Gustavo Acioli acreditam que o evento cumpre duas funções pois “ao mesmo tempo em que nos leva a refletir sobre aspectos fundamentais da vida em sociedade e do autoconhecimento, também nos faz refletir sobre o nosso país, por meio da comparação com as mais diversas culturas e sociedades representadas na nossa seleção. Tal comparação é sempre reveladora, principalmente quando descobrimos que somos mais avançados no que pensávamos que éramos atrasados, e mais atrasados no que pensávamos que éramos avançados”.

"Em 2003, quando o CCBB exibiu a primeira edição do Assim Vivemos, as discussões sobre o tema eram muito reduzidas. Ainda há muito trabalho a ser feito, mas acreditamos que o cinema, seja pelo filme de ficção ou pelo documentário, tem sido uma grande ferramenta de conscientização e o festival tem contribuído bastante ao transportar o público para as mais diversas realidades e situações que envolvem a questão da deficiência” reflete Fabio Cunha, gerente geral do CCBB RJ.

Realizado a cada dois anos, o festival se mantém como o principal evento que celebra a inclusão cultural no Brasil. Ao primeiro, realizado em 2003 no Rio de Janeiro e em Brasília, seguiram-se edições inéditas em 2005, 2007, 2009, 2011, 2013 e 2015. Desde 2009, São Paulo também abriga o festival. Em 2010 e 2012, foram feitas itinerâncias em outras cidades, como Belo Horizonte, Porto Alegre, Pelotas e Santa Cruz do Sul, ampliando seu alcance e possibilitando que mais pessoas conhecessem o projeto e, através dos filmes, histórias de vida inspiradoras e altamente transformadoras.

Comprometido com a promoção de acessibilidade para todos os públicos, o festival oferece audiodescrição em todas as sessões e catálogos em Braille para pessoas com deficiência visual; e legendas LSE nos filmes e interpretação em LIBRAS nos debates para as pessoas com deficiência auditiva. Os portadores de deficiência física também contam com garantia de acessibilidade, uma vez que o Centro Cultural Banco do Brasil tem sua arquitetura concebida para o acesso de pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes.

O evento tem realização do Centro Cultural do Banco do Brasil, patrocínio do Banco do Brasil e do Ministério da Cultura e produção da Lavoro Produções. A lista dos filmes participantes e a programação completa está disponível no site oficial.

Fonte: CCBB (via press-release)