Escrito e dirigido por Geremy Jasper, estrelado por Danielle Macdonald, Bridget Everett, Siddharth Dhananjay e grande elenco, "Patti Cake$" - que está em cartaz no Festival do Rio (clique AQUI para conferir a programaçào) e estreia em circuito nacional em dezembro de 2017 - equilibra música e história como há muito tempo não se via na história do cinema!

A jornada da "módafóca"
Sou Kal J. Moon
Lançando rimas na humildade
Meu estilo impressiona qualquer um
Pois tenho muita habilidade
De "Patti Cake$" vou falar
Um filme genial
Não pretendo me alongar
Só vou contar o principal...

Na trama, Patricia "Killa P" Dombrowski (Danielle Macdonald) escreve suas rimas de rap atrás do balcão de um bar e outros empregos para ajudar a pagar os gastos médicos de sua avó Nana (Cathy Moriarty) e para sustentar sua mãe, uma ex-cantora alcoólatra cuja carreira nunca deu certo. Patti e seu melhor amigo indiano Jheri (Siddharth Dhananjay) sonham com fama, fortuna e em sair definitivamente de Nova Jérsei o mais breve possível, mas ainda não encontraram um produtor que possa alavancar suas carreiras. Até que ela inesperadamente aproxima-se de Basterd (Mamoudou Athie), um recluso músico de heavy metal gótico que possui o necessário para que, juntos, possam chegar ao estrelato do hip-hop.

(scratch)


Geremy Jasper, o diretor
Realizou um grande feito
Um filme com grande fervor
E já tem meu respeito
Escreveu roteiro, compôs as canções
Dirigiu um elenco afiado
E ainda aflorou nossas emoções
Que cara abusado!
Seu roteiro tem momentos engraçados
E outros que machucam, que dói
Mas nada na tela foi desperdiçado
Adaptando muito bem a jornada do herói
Seu roteiro mistura comédia, denúncia e drama
Tudo muito bem equilibrado em cada ato
Sua heroína vai do caos à lama
Encarando, em sua vida, muito desacato
Seu texto é impecável
Sem tirar nem por
"Patti Cake$" não tem nada lamentável
Jasper passou no teste com louvor

(scratch / chorus)


Quando falei de elenco afiado
Eu não estava brincando
Seu entrosamento deixa o público maravilhado
E eles estão só começando
Danielle Macdonald, a protagonista
Sem esforço, bota pra quebrar
Seus talentos dariam uma enorme lista
É uma excelente atriz, podem anotar
Siddharth Dhananjay, seu parceiro no crime
Rouba a cena sem que a peteca caia
Drama e comédia num equilíbrio sublime
Espero ver, um dia, que seu nome sobressaia
Cathy Moriarty vive Nana, uma avó "adorável"
Reclama, fuma, mas faz rap pra agradar a neta
No passado, aturou o "Touro Indomável"
Só isso já faz dela a escolha certa
Mamoudou Athie tem presença e carisma
Mesmo quase calado
Em cena, seu olhar solta faísca
Num personagem muito bem interpretado
Pra completar, temos Bridget Everett
Sem esperança no coração
De mal com a vida é a mãe de Patti
Que foi cantora no passado mas conservou o vozeirão

(beat final / repeat)

Federico Cesca, o diretor de fotografia
Entrecorta tudo num casamento narrativo
Mesclando sonho e realidade, o impossível desafia
Tudo num estilo ágil, dinâmico, dentro de seu crivo
Há quem possa comparar o tema
Com "8 Mile", "Whiplash" ou "Mesmo Se Nada Der Certo"
Pode até ser, sem problema
Mas aqui o diálogo é bem mais aberto
"Patti Cake$" usa música para ilustrar essa curiosa jornada
Mas não apela, a história flui com leveza e calma
Tem cena pra chorar ou muito engraçada
Escrita por quem tem arte impregnada na alma
"Patti Cake$" se passa em Nova Jérsei
Lá onde Judas perdeu as botas
Mas esse é um filme que já nasceu clássico
Escrevendo certo por rimas tortas

(beat final / repeat / fade out / echo)

Kal J. Moon estava com 101% de dedicação quando escreveu essa crítica... YO!