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Cartaz oficial (Divulgação) |
Lançado pelo Projeto Sessão Vitrine Petrobras, o longa traz a história de Ivan (Ivan Silva), de 30 anos, que deixa a cadeia depois de cumprir uma pena de oito anos. De volta ao convívio da esposa, Gleice (Gleiciane Gomes), e a filha, Glenda, ele ganha a chance de retomar a sua rotina aos poucos, já que está em regime de liberdade condicional e sendo vigiado através da tornozeleira eletrônica, que o proíbe de ter uma vida noturna e de fazer trajetos não autorizados pela justiça. À medida que o tempo passa, Ivan se incomoda cada vez mais com a liberdade limitada e oscila constantemente entre o dever de ficar em casa e o desejo de ganhar as ruas. As lembranças da juventude aventureira ganham ainda mais força com a presença de Neto, um jovem de 18 anos que leva a mesma vida de Ivan, antes do seu encarceramento. Nas horas vagas, os dois curtem a semiliberdade de Ivan fumando maconha, ouvindo rap e assistindo a filmes de ação na TV. Ivan ainda é atraído pelas festas e pelas aventuras da cidade, mas depois de oito anos preso, ele também já sabe que violar a lei tem um preço alto. A contradição de uma liberdade monitorada intensifica ainda mais este conflito.
Roteirizado por Diego Hoefel, o filme foi exibido no Dok Leipzig, um dos principais festivais de documentários do mundo. Além disso, o longa também foi exibido no Festival de Tiradentes 2017 e também integra a programação da Mostra Contemporânea Brasileira do Forumdoc.Bh, que acontece em Belo Horizonte até 03/12/2017.
Sobre a arte do cartaz, o diretor Pedro Rocha, diz: "O cartaz elaborado pelo designer Yuri Leonardo condensa o drama do filme em uma imagem. Um pé-de-chinelo atado a uma tornozeleira eletrônica. Uma tecnologia simples e barata, feita para se ganhar o mundo, capturada pela tecnologia avançada e cara, paga pelos cofres públicos, projetada para impor a derrota como distintivo da pobreza. O que o Ivan parece dizer em todo o filme é simplesmente isso: 'esse pé é meu!'", completa.
"'Corpo Delito' é um filme híbrido, que se vale tanto de recursos do documentário observacional quanto do roteiro de ficção. O conflito e a tensão dramática do filme conduzem essa experiência aos moldes da ficção, enquanto a irregularidade de tal curva lembra ao espectador de que ele está diante de uma matéria estranha, frequentemente aquém do que se espera de uma ficção propriamente dita. A estética adotada tenta potencializar a experiência do encontro do espectador com o protagonista - um homem com um passado criminoso sobre quem todos formularão opiniões e julgamentos, ao mesmo tempo em que descobrirão que o desconhecem profundamente", explica o diretor.
Fonte: Vitrine Petrobras (via press-release)