"O Motorista de Táxi" é o filme escolhido pela Coréia para representar o país no Oscar 2018 de Melhor Filme Estrangeiro e estreia em 11/01/2018 tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. Uma história poderosa, acontecida em 1980, um azarado taxista de Seul é contratado por um jornalista estrangeiro que quer ir para a cidade de Gwangju para passar o dia. Ao chegar, encontram a cidade tomada pelo governo militar, com os cidadãos, liderados por um grupo de estudantes determinados, se rebela pedindo liberdade.

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Cartaz oficial (Divulgação)
Na trama, em plenos anos 1980, um taxista de Seul chamado Man-Seob (Song Kang-ho) recebe uma oferta muito boa para ser verdade. Se ele levar um passageiro estrangeiro de Seul para a cidade de Gwangju e voltar antes do fim do expediente, ele vai receber a impensável quantia de 100.00 won - o suficiente para cobrir diversos meses de aluguel atrasado. Sem fazer nenhuma pergunta, ele leva o repórter alemão Peter (Thomas Kretschmann) e cai na estrada. Embora parado por um bloqueio policial na fronteira de Gwangju, Man-Seob está desesperado para receber pela corrida, e eventualmente consegue encontrar uma maneira de entrar na cidade. Lá, eles encontram estudantes e cidadãos comuns envolvidos em uma grande manifestação contra o governo. Man-seob, alarmado pelo perigo que paira, pede a Peter que voltem rapidamente a Seul. Mas Peter o ignora, e, com a ajuda do estudante universitário Jae-sik (Ryu Jun-yeol), começa a filmar com sua câmera. Conforme o tempo passa, a situação fica cada vez mais séria, e Man-seob fica pensando em sua jovem filha que está sozinha em casa.

O diretor Jang Hoon falou um pouco sobre a concepção da obra: "Esse filme se origina na história do jornalista Jüren Hinzpeter, que cobriu a Revolta de Gwangju de 1970, e no taxista coreano Kim Sa-bok, que o levou de Seul a Gwangju. Estaria mentindo se dissesse que não senti pressão em retratar esse evento que deixou tão grande cicatriz na história contemporânea da Coreia do Sul. Eu me perguntei: 'Posso realmente retratar um evento tão grande na tela de maneira efetiva, sem o desvalorizar?' A despeito de minhas preocupações, o que me puxou para dentro da história desse filme foram os dois personagens principais, Man-seob e Peter. Em 1980, Jüren Hinzpeter estava trabalhando como correspondente estrangeiro em Tóquio. Mas, quando ouviu sobre a situação na Coréia, ele veio sem hesitação cobrir os eventos em Gwangju. O que o fez percorrer toda a distância até Gwangju? E sobre o motorista de táxi comum que o levou até lá, pelo que ele já passou? Queria retratar o passado como refletido nos olhos de um motorista de táxi que começa a sentir a mudança em si mesmo. E eu queria retratar a história não como um grande processo modelado por grandes personagens, mas como uma culminação de muitas pequenas decisões e escolhas corajosas feitas por pessoas comuns - não como um mural gigante, mas como uma miniatura vista bem de perto. Espero que o público assista o filme como se estivesse a bordo do táxi de Man-seob, ouvido as histórias das pessoas daquela época, e entendendo que as histórias não são tão diferentes das nossas próprias. Essa é uma história 'daquele dia' vista através dos olhos de dois personagens de fora, um jornalista e um taxista de Seul. E, finalmente, é a história de uma pessoa comum que, a despeito das situações perigosas que ele encontra, ele está determinado a seguir fazendo seu trabalho até o fim", explica.

Fonte: California Filmes (via press-release)