Ao me deparar com o trailer de "Cristopher Robin: Um Reencontro Inesquecível", eu imaginei que seria um dos piores filmes que eu poderia ver na vida. Acredito que essa sensação foi causada por uma das falas de Pooh no trailer, que é mais ou menos assim: "Dizem que nada é impossível, mas eu faço nada o dia inteiro". Após ouvir isso, eu sabia, seria um fracasso. Mas eu estava muito errado.

Devo começar afirmando que minha infância não foi tão marcada pelos personagens do Bosque dos 100 Acres. Tive pouco contato com o desenho e o que mais me lembro sobre ele era um boneco de polícia que um dos meus familiares tinha do carismático porquinho Leitão. Isso pode ser outro dos motivos de o trailer não ter me animado, já que eu não reconhecia afetividade alguma naqueles personagens (apesar de achar todos eles bem simpáticos quando criança).

Porém, mesmo assim não demorou para que eu ganhasse afeto e desse muitas risadas com o jeito bobo - porém muito filosófico - do ursinho Pooh. Sem dúvida foi legal também rever todos os personagens que, mesmo eu conhecendo pouco, sem dúvida me alegraram nesse filme. Meu personagem favorito na infância, o Tigrão, me agradou bastante. Pelo que me lembro, eles todos estão bem representados.


Já o roteiro do filme é simples. Após a Segunda Guerra Mundial, Christopher Robin precisa encontrar meios de permanecer em seu emprego e, por isso, deixa de ir em um fim de semana na casa de campo com sua família. Ainda que seja um plot normal, ele leva a uma conclusão bem bacana. Os atores estão todos atuando muito bem, com um bom destaque para a atriz mirim Bronte Carmichael. Ewan McGregor e Hayley Atwell mantêm o bom nível de suas atuações.

Os efeitos especiais também estão muito bons. Em nenhum momento os personagens de CGI me incomodaram, e devo admitir que se eu visse um Ió daqueles por aí, eu não iria me surpreender.

Sobretudo um filme que alegra, "Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível" vale muito a pena ser visto, ainda que a pessoa não seja uma grande fã de Pooh e seus amigos.




Andreas Cesar assistiu e gostou, mas preferia que a garotinha tivesse lido "O Hobbit" ao invés de "Ilha do Tesouro"...