Distopia corporativa e violenta é a nova aposta animada da Netflix
O anime, que tem um estilo bem parecido com aquele mostrado em Kill Bill Vol. 1, de Quentin Tarantino, no capítulo que contou a história da origem da personagem O-ren Ishii (Lucy Liu), é bem dinâmico, especialmente as lutas que são realmente animais.
Porém, por ser em estilo 3D que simula uma animação em 2D, se torna um tanto quanto cansativo. Especialmente se você for "maratonar" a primeira temporada, que já está totalmente disponível em 12 episódios de aproximadamente 20 minutos.
A dublagem ficou a cargo do estúdio Som de Vera Cruz, com direção de Leonardo Santhos. A tradução foi feita por Paloma Nascimento, que fez um excelente trabalho, adaptando alguns diálogos utilizando ditos populares brasileiros e gírias LGBTQ+. O protagonista, Ohma Tokita, foi dublado por Leo Rabelo e Kazuo Yamashita por Helio Ribeiro. A dupla funcionou muito bem e a recomendação que fica é que você assista o anime dublado. Destaque para Guilherme Lopes que interpretou um narrador aleatório muito divertido.
Falando em LGBTQ+, o anime traz diversos personagens homossexuais que foram apresentados de modo caricato demais para um produto atual. Um ponto negativo que incomoda um pouco, por ser, de certo modo, ofensivo, mas felizmente não atrapalha a trama.
Por fim, no todo, Kengan Ashura é uma animação legal, com uma pegada bem parecida com a do OVA O Último Combate, ou Grappler Baki, de 1994, que foi lançado no Brasil dublado pela Lloyds Home Video. A Netflix também lançou uma nova versão desta franquia chamada Baki: O Campeão, em 2018, que vale à pena uma conferida.
Marlo George assistiu, escreveu e se assustou com o Ryo Inaba