Assim como muitos adolescentes, a estudante Tati se diverte compartilhando seu cotidiano nas redes sociais. Mas, depois de ter um vídeo íntimo vazado, entre seus colegas de escola, a vida da jovem muda drasticamente. Essa é a história de "Ferrugem", filme do cineasta baiano Aly Muritiba, já disponível no Videocamp, plataforma online de agendamento de exibições públicas e gratuitas de filmes com potencial de impacto.


O longa - produção da Grafo Audiovisual, em coprodução com a Globo Filmes - tem Fernando Meirelles e Guel Arraes como produtores associados, George Moura como supervisor de roteiro e é distribuído no Brasil pela Olhar Distribuição. "Ferrugem" foi exibido no Festival de Sundance e premiado como Melhor Filme Brasileiro no Festival de Gramado 2018.

O filme retrata os desdobramentos dramáticos que ocorrem na vida de dois adolescentes e trata de questões delicadas, como depressão e suas consequências, além do uso excessivo da tecnologia. A trama serve de mote para a discussão sobre o cyberbullying – assédio virtual praticado por um grupo de pessoas a fim de prejudicar alguém – e o "pornô de vingança" – ato de expor conteúdo sexual sem o consentimento do ofendido.

"O filme fala sobre vários temas que, infelizmente, são muito comuns hoje em dia. Um deles é o uso inadequado e perigoso que se faz da internet e das redes sociais. Além disso, ele retrata essa geração atual hiperconectada, que, ao mesmo tempo em que está falando com todo mundo, olha muito pouco para si mesmo, porque cria um avatar de felicidade, e que, portanto, não sabe conviver com frustração e tristeza. O longa também aborda a misoginia, machismo e a incomunicabilidade entre gerações, que são típicas desse momento", ressalta Aly Muritiba, diretor do filme, em entrevista ao Canal Curta!.

"Em mais uma parceria com a Olhar Distribuidora, o Videocamp recebe em seu catálogo o premiado 'Ferrugem', que fica disponível para exibições públicas e gratuitas a partir de agosto. A narrativa traz uma perspectiva social sobre temas que circundam os cotidianos das juventudes atuais: a tecnologia que transpassa os relacionamentos, a ainda frágil noção de espaço público e privado dos jovens e as consequências extremas de uma ação que não pode ser desfeita. As questões são abordadas com seriedade e sensibilidade, que deixam claro o potencial de impacto do filme, não só em quem tem filhos ou é envolvido de alguma forma com temas da educação, mas também em quem se acha distante deste tipo de discussão", avalia Mônica Bulgari, analista de projetos do Videocamp.

Fonte: Videocamp (via press-release)