Star Trek Discovery está de volta com nova temporada, após um hiato de um ano e meio, revelando o futuro da Federação dos Planetas Unidos. Serão episódios semanais, sendo lançados no Brasil pelo serviço Netflix. Serão 13 episódios exibidos até a primeira semana de janeiro de 2021.

Neste primeiro episódio da terceira temporada, Michael Burnham viaja para 930 anos no futuro, dentro da linha do tempo de Discovery, lógico. Portanto, se a segunda temporada se passa entre os anos de 2.258 e 2.259, a terceira começa no ano por volta de 3.188. A viajante do tempo faz descobertas inusitadas após um acontecimento imprevisto e que muda drasticamente seu destino. 

Como a crítica é spoiler free, não irei contar muito do que rola no primeiro contato de Burnham com o futuro, mas posso adiantar que o episódio é bem legal. Até mesmo os fãs das séries mais antigas que reclamam da falta de elementos característicos da saga, criada por Gene Roddenberry, irão curti-lo, porque nunca na história de Discovery o lore da franquia foi tão respeitado pela equipe de roteiristas de Bryan Fuller e Alex Kurtzman. Especialmente no terceiro ato, que é um deleite.

Este é um piloto de temporada que possivelmente agradará também ao grande público, pois trata-se do episódio de Star Trek mais próximo daquilo que conhecemos como Star Wars. Nunca um episódio da saga, que conta com mais de 700, teve uma "cara tão Star Wars" quanto este.


O episódio mostra o início da relação entre Michael, interpretada por Sonequa Martin-Green (The Walking Dead) e Cleveland Book, defendido por David Ajala (Supergirl). Book introduz Michael (e o telespectador) ao futuro em um episódio coeso, com ritmo perfeito, muita ação e momentos emocionantes. Todos os easter-eggs são bem conectados com a história, não servindo como meros fan-services. Na verdade, muita coisa é revelada através deles, seja a nova condição de raças importantes no cânone da franquia, seja na tecnologia ainda mais futurística que é apresentada no episódio.

A fotografia, som, efeitos visuais e montagem são ricos e escancaram que Discovery continua uma série com grandes valores de produção.

Se não conhece Star Trek, seja Discovery ou a própria franquia como um todo, e se interessou por este piloto terceira temporada, pode assisti-lo tranquilo, porque, apesar de não ser a forma correta de começar a assistir Star Trek, o episódio é auto-explicativo e pode servir como porta de entrada para a franquia. Por isso, caso não conheça, dá tempo de maratonar Discovery até o final da temporada, em janeiro do ano que vem. 

Quem sabe você não se descobre um Trekkie e se junta à tripulação?



Marlo George assistiu, escreveu e é um aumentado dos tempos das Guerras Eugênicas