Segundo episódio de Loki mantém a qualidade e o interesse com história esperta e uma novidade previsível

Texto, texto, texto. Tudo que uma produção audiovisual precisa não está na tela e sim nas páginas de script, nos roteiros bem amarrados e nas grandes ideias dos contadores de história, também conhecidos como roteiristas.

O segundo episódio de Loki é uma prova disso, afinal, já é esperado que a série mantenha a qualidade técnica, uma vez que a diretora do seriado, Kate Herron, já disse que a obra foi concebida como um filme de seis horas de duração, dividido em seis episódios. Deste modo, efeitos especiais, visuais, direção de arte, som e luz continuam impecáveis e essa qualidade se manterá. Mas e o texto?

Bem, o texto pode variar. Afinal, como já disse, se Loki foi imaginado como um filme de enorme duração, em algum momento a qualidade pode cair. Bem, isso não aconteceu no segundo episódio, "A Variante". Aliás, o texto até é melhor que o do primeiro e lindíssimo piloto. Diálogos inteligentes pontuam os 50 minutos de exibição, destilados pelas interpretações magníficas de Tom Hiddleston e Owen Wilson.

O destaque do episódio é Gugu Mbatha-Raw, como Ravonna Renslayer. A atriz, que fez uma pontinha discreta no primeiro episódio, reaparece com mais tempo de tela e convence. Outra inglesa, Sophia Di Martino, mostra o rosto pela primeira vez, para surpresa de poucos, em cena que já tinha sido exaustivamente prevista por fãs na internet, e é uma grata adição ao elenco.

Eu queria manter a nota que dei na semana passada, pois fiquei realmente "encantado" com este episódio que é um "encanto", mas terei que tirar uma poltrona porque exageraram um pouco na dose de piadinhas dessa vez.

Porém, a função de um segundo episódio é manter o interesse na série e "A Variante" cumpre essa função com louvor.

Que venha o próximo!



Marlo George assistiu, escreveu e apesar de não ser um Lord acha que viu uma leve referência a um(a) "Encanto" neste episódio