Chegamos ao quarto episódio de Loki, intitulado "O Evento Nexus". E como um evento nexus, o terceiro episódio desviou a narrativa inteligente e bem sacada dos anteriores para um mundo de diálogos vazios e enchimento de linguiça. Agora, como se os funcionários da AVT tivessem detectado e corrigido esta anomalia na linha do tempo da série, o retorno às boas ideias e cenas importantes do ponto de vista narrativo neste quarto episódio é um deleite.

Aliás, o início deste episódio bem que poderia ter sido o final do anterior, uma vez que, a solução Deus Ex-Machina para o problema no qual Loki e Sylvie se meteram ao ir para Lamentis 1 acaba ocorrendo, como previsto, mas foi precedido por um diálogo excelente, o que melhoraria muito o resultado final daquele filler que é o terceiro episódio.


Cheio de surpresas, O Evento Nexus, traz ideias criativas que quebram as teorias dos fãs, citação à criaturas do bestiário Marvel (que gerara mais teorias) e até mesmo uma participação especial para matar a saudade. Temos até uma cena pós-crédito, a primeira da série, que fará qualquer fã dos quadrinhos da Marvel Comics pular da poltrona, afinal, eu vi respeito, muito respeito, nesta cena.

Além disso, O Evento Nexus, pelos eventos novos e surpresas reveladas, deixa claro que esta temporada de Loki será auto contida, ou seja, esta história de AVT (Agência de Variância Temporal) terminará nesta temporada. Tudo que rola durante o episódio dá dicas de que esta história termina daqui dois episódios. O que será bastante conveniente, afinal, a AVT é poderosa demais e criará amarras desnecessárias no Universo Cinematográfico Marvel se continuar existindo. E pelo que já aprendemos no cânone da Marvel Studios, seres muito poderosos, como Ego por exemplo, costumam não durar muito, pois podem interferir nos planos futuros do estúdio, criando inconsistências desnecessárias.

Pelo menos, esta é a impressão que eu tive, mas posso estar errado. O que esta série me ensinou até o momento é que em Loki a quebra de expectativas é a regra.

Outra impressão que tive, analisando uma cena importante no final do episódio, é que as teorias que sugeriram que Loki pudesse ser o criador da AVT estão, no mínimo, equivocadas. Existe um foco sutil, tanto na abertura, quanto no encerramento da série, nas esculturas, pinturas e outros adereços de cenário do Guardião do Tempo que está sempre no meio, entre os outros dois, e isso ocorre também em várias cenas desde o primeiro episódio. Parece-me que, longe de ser um recurso da direção de fotografia, este destaque é proposital.

Preste atenção nisso, assim como em uma proteção descabida à certa personagem, e pode ser que, como eu, você consiga "descobrir" quem criou a AVT. Lembrando que isso é outra teoria minha, e como já disse a regra da série é a quebra de expectativas.

O episódio termina ao som de If You Love Me (Really Love Me) de Brenda Lee, o que foi bastante emocionante.

O ponto alto do episódio está no elenco e o destaque vai para Gugu Mbatha-Raw, como Ravonna Renslayer. A atriz está sensacional e brilhou bastante. Já o ponto baixo foi uma luta que ocorre próxima ao encerramento de O Evento Nexus que parece mal dirigida, mas não vou descontar pontos por isso, porque não compromete o resultado final.

Eu tenho a impressão de que o próximo episódio, o penúltimo da série, será outro filler, com mais enchimento de linguiça. Vamos aguardar pra ver.



Marlo George assistiu, escreveu e jura que viu, claramente, o rosto de alguém em uma escultura que aparece no encerramento da série

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