Eu já tinha dito isso em alguma crítica anterior desta primeira temporada da série Loki, da Disney+, mas vale à pena repetir: A série parece ter a missão de quebrar expectativas. Isso é uma realidade, afinal, os trailers e episódios anteriores nos fizeram tecer diversas teorias que estão sendo destruídas conforme a série avança para seu fim. Toda semana eu imagino que vai acontecer algo, baseado no que já testemunhei até aqui e sempre tenho minha expectativa, e teoria, podada e jogada em alguma realidade alternativa destinada às previsões erradas.

Aliás, que série melhor que Loki para ter este serviço? Afinal, Loki é o Deus da Trapaça e a quebra de expectativas acaba se tornando parte da diversão que é acompanhá-la, episódio após episódio.


Mas, deixando de lado as teorias, vamos ao episódio. "Jornada ao Mistério" é o título deste quinto episódio. Nada mais apropriado, porque Journey Into Mistery, título original, é uma referência importante, pois trata-se do nome da revista em quadrinhos onde os personagens Thor e Loki, criados por Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, estrearam, nos anos 60, assim como de uma graphic novel de 2017, Loki: Journey Into Mystery, escrita por Kieron Gillen, Dan Abnett, Andy Lanning e Matt Fraction.

E falando em referências, bem, o episódio é recheado de referências aos quadrinhos, desde as mais óbvias, como uma Mjölnir perdida, à mais inesperada possível, Thor, o Sapo do Trovão, que apareceu no Brasil na revista Superaventuras Marvel nº 103, de 1991. Sim! Esta variante do Deus do Trovão faz uma aparição rápida, no melhor estilo: Piscou? Perdeu!


Tivemos também a tão aguardada aparição do Candidato à Presidente Loki que vimos nos trailers e fotos promocionais. Mas acabou sendo meio decepcionante.

A qualidade artística e técnica é mantida, mas com destaque para a trilha sonora que está maravilhosa neste episódio. Nossa, que trilha bem composta e que pontua todo o episódio com precisão. Um belo trabalho. O roteiro é legal e movimenta a trama.

No elenco o destaque vai para Richard E. Grant, ator que me impressionou muito no filme Questão de Tempo, de 2013, e que desde então vem se destacando em Hollywood, tendo sido indicado ao Oscar por Poderia Me Perdoar?, de 2018, na categoria Melhor Ator Coadjuvante. Em Jornada ao Mistério ele interpreta a variante Velho Loki.

Voltando às teorias, eu acredito que chegamos à um ponto no qual a única expectativa que dá para manter, e que vem sendo ventilada nos fóruns e redes sociais desde antes da estreia do primeiro episódio, é a de que Kang, o Conquistador, está por trás da AVT (Autoridade de Variância Temporal), porque neste quinto seguimento temos a presença do "cão de guarda" de Kang, Alioth, fazendo uma aparição importante. 

Ao que tudo indica, Alioth (personagem criado por Mark Gruenwald e Mike Gustovich em 1993) está protegendo o domínio de Kang, o Conquistador, Cronopolis, mas para acertarmos, finalmente, com esta teoria, resta-nos aguardar o próximo episódio.

Vale lembrar que Kang, personagem também criado por Lee e Kirby para os quadrinhos da Marvel, será interpretado por Jonathan Majors, já tendo sido confirmado no filme Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, previsto para 2023. Majors não está confirmado no elenco do próximo, e último episódio da primeira temporada de Loki.

Ansioso pelo final.



Marlo George assistiu, escreveu e também já ficou preso em um pote de azeitona

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