Foi uma jornada leve e gostosa assistir Gavião Arqueiro da Marvel Studios e Disney+. A série, que é baseada no Universo Cinemático Marvel (UCM), estabelece um aprofundamento de personagens já conhecidos, assim como apresenta novos heróis e vilões ao púbico.

Sem pretensões, a série baseada na HQ de Matt Fraction e David Aja, nos presenteou neste natal com uma história interessante. 

Uma menina rica, órfã de pai e negligenciada pela mãe, acaba encontrando inspiração em seu herói preferido, o Gavião Arqueiro, a quem vê como uma pessoa determinada e que pode fazer a diferença, chegando ao ponto de salvar o mundo ao lado de seres superpoderosos, como vimos em Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato, mesmo sem ter superpoderes. Contando apenas com seu esforço e determinação. Para crianças ou adolescentes sem base ou que estão em um contexto de famílias disfuncionais, um exemplo positivo pode ser determinante em seu futuro. 

Esta menina, na série, é Kate Bishop, belamente interpretada pela excelente atriz Hailee Steinfeld.

Já o herói, no momento em que a série se inicia, recuperou sua família cinco anos após o "estalar de dedos" de Thanos. Tudo em sua vida estava correndo bem. Ele poderia passar o natal com a mulher e os filhos, mas um fantasma de seu passado atrapalha os planos do velho arqueiro. Ele decide então, enterrar este passado e não sabia que, no processo, acabaria salvando muito mais do que o universo, mas algo tão importante quanto: a vida de uma certa menina que, mesmo abastada e rodeada pela elite nova-iorquina, se sentia muito sozinha. 

Este herói, como já disse, é o Gavião Arqueiro, Clint Barton, novamente interpretado por Jeremy Renner. A atuação de Renner é inconstante e em muitos momentos o ator parecia desmotivado ou pouco interessado em reprisar o papel. Porém, em momentos importantes, especialmente nos dois episódios finais, o ator parece ter encontrado o rumo, entregando muita emoção em cenas chave para a conclusão da primeira temporada da série.

O lore, ou melhor dizendo, o universo particular do Gavião Arqueiro foi muito ampliado na série. Já tinha comentado em crítica de um episódio anterior que até mesmo as flechas usadas pela dupla, Barton e Bishop, ganharam personalidade própria. A mulher de Barton, Laura Barton (Linda Cardellini) teve participação importante na trama e seu papel foi ampliado, sendo revelado que ela é uma heroína conhecida dos quadrinhos da Marvel Comics.

Além disso, tivemos a grata surpresa que foi a vilã Eco, interpretada por Alaqua Cox. A atriz, portadora de deficiência auditiva e física, mostrou que, para além de qualquer dificuldade, pessoas com características especiais podem sim mandar muito bem em cenas de ação e dramáticas. Sua personagem é complexa e poderosa, sendo uma ótima adição ao UCM.

Florence Pugh, que foi introduzida ao elenco da franquia em Viúva Negra, como Yelena Belova, também foi bem aproveitada na série. Especialmente na cena de introdução ao quinto episódio.

Um vilão icônico das séries da Marvel Television e Netflix retorna em Gavião Arqueiro e, apesar de eu presumir que você já sabe quem é, não darei spoilers. Mas posso garantir, que participação mais que especial.

Na parte técnica a série é muito bem realizada e traz cenas de ação, luta e perseguição incríveis, sendo uma boa pedida para aqueles dias em que não se tem nada para fazer. Gavião Arqueiro é uma série  natalina, divertida e que tem mais pontos positivos que negativos.

Não sei porque tem tanta gente fazendo cara feia para produção tão despretensiosa. Eu recomendo.



Marlo George assistiu, escreveu e é uma flecha desgovernada.

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