No quinto episódio de "Pacificador" - seriado criado por James Gunn e estrelado por John Cena (e grande elenco) - a trama finalmente avança, ainda que continue óbvia e repetitiva...


Um passinho para frente, por favor...
Num episódio repleto de ação mas insistindo num monte de "nada" acontecendo em nome do tal "desenvolvimento de personagem", Gunn prefere seguir a fórmula dos episódios anteriores: diálogos zombando de personagens da DC Comics (agora Superman é o alvo das piadas de tiozão), novas citações à animações dos anos 1980, outra citação à banda de glam rock (desta vez, Hanoi Rocks) e um diálogo interminável para mostrar que John Cena sabe decorar nomes de celebridades da música, do cinema e personagens de quadrinhos, games e TV e, com isso, provar que ele seria um ótimo ator (ou sabe-se lá qual o propósito da cena).

Na trama, a equipe comandada por Murn (Chukwudi Iwuji) precisa entrar numa fábrica que supostamente produz um fluído que serve de alimentação para os seres alienígenas (as tais "borboletas") que estão se infiltrando na cabeça de pessoas influentes e substituindo-as. Ainda não se sabe seus propósitos e a equipe precisa confirmar se os funcionários naquela fábrica estão envolvidos no esquema de dominação global. 

A obviedade do episódio só é salva graças às cenas de ação bem elaboradas, com direito à tirombaços na cabeça sob a desculpa de que não são mais seres humanos e sim alienígenas. Mas Gunn ainda permite-se uma auto-homenagem, mimetizando uma cena do filme "Madrugada dos Mortos" - para quem não sabe, ele foi roteirista do remake do filme de zumbi dirigido por Zack Snyder em 2004 - que acaba rendendo a cena de explosão mostrada anteriormente nos trailers e que ilustra esta crítica.

Há o estabelecimento da equipe como um time real de companheiros de trabalho - principalmente após uma cena bizarra envolvendo um gorila (que não, não era o Grodd) -, que parece ter virado uma amizade verdadeira. E em paralelo, a trama envolvendo a prisão do pai do Pacificador - Auggie Smith, um nazista, racista e também conhecido como o vilão extremista Dragão Branco (Robert Patrick) - tem um novo desdobramento com a adição de um novo e misterioso personagem que também tem ligações escusas com Amanda Waller.

Pena que pouco acontece na trama para que a história avance e agora uma das personagens sabe o que o espectador sabe a respeito de um dos personagens e que ele não é exatamente o que diz ser. É um avanço mas a passos de tartaruga. Ainda faltam três episódios para o fim (ou não) desta pataquada e têm-se a impressão - ou a certeza - que bastava cortar todas as cenas sem importância e teríamos um filme com pouco mais de duas horas e meia de duração.




Kal J. Moon não é a p#rr@ de um herói mas conhece um fã de verdade da banda Hanoi Rocks...


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