"Não vamos lançar um filme até que esteja pronto", alegou David Zaslav (foto), CEO da Warner Bros. Discovery numa sessão de perguntas e respostas por meio de chamada de vídeo a respeito do cancelamento do filme "Batgirl" - estrelado por Leslie Grace (foto) e dirigido pela dupla Adil El Arbi e Billal Fallah -, que já havia finalizado suas filmagens em abril de 2022 e estava em processo de pós-produção, quando houve um vazamento de informação sobre o ocorrido. "Não vamos lançar um filme para arrecadar centavos e não vamos tocar um filme a menos que acreditemos nele", prosseguiu.


Durante a apresentação, Zaslav repetidamente frisou que as propriedades de super-heróis da DC Comics - incluindo Batman, Superman e Mulher-Maravilha - como ponto central da estratégia de lançamentos futuros da companhia. Existe o projeto de selecionar uma equipe "focada num projeto [de lançamentos de filmes] somente [de personagens] da DC", semelhante ao que foi feito pela Disney / Marvel desde 2008 sob o comando de Kevin Feige. Mas não foi feito nenhum anúncio oficial a respeito de que profissionais formariam essa equipe na sessão de perguntas e respostas.

"Essas marcas são conhecidas no mundo inteiro", continuou Zaslav sobre os personagens DC. "E enquanto parte disso, vamos focar em qualidade. DC é algo que imaginamos que poderia ter melhores resultados e é nisso que estamos focados agora. O objetivo é expandir a marca DC, expandir os personagens da DC. E é o que vamos fazer". 

Ainda sobre o cancelamento do filme "Batgirl", Zaslav é incisivo: "Essa ideia de filmes caríssimos sendo lançados diretamente em streaming - não encontramos um case econômico para isso [funcionar], não encontramos uma forma economicamente viável para tal, então fizemos uma mudança de estratégia".

"Vamos abraçar completamente o [lançamento de filmes no] cinema enquanto acreditarmos que isso cria interesse e demanda, que provenha um marketing de amplo espectro, e que gere um burburinho boca-a-boca enquanto o filme segue para streaming e além", encerra.

O cancelamento do filme "Batgirl" gerou um grande mal-estar tanto na indústria cinematográfica norte-americana quanto na opinião de articulistas de grandes veículos, que tentaram, através de suas fontes, entender o que possa ter ocorrido para que tal medida tenha sido tomada. Desde resultado pífio de reação do publico em sessões prévias de teste com audiência seleta até economia de impostos, tudo foi cogitado. A resposta é mais simples do que parece: o filme não agradou o CEO, que não liberou o lançamento nem em streaming muito menos no cinema.

Algo do gênero não era visto na indústria desde os anos 1970 quando James T. Aubrey, ex-presidente da MGM, assumia métodos no mínimo questionáveis de tocar o negócio, gerando incrível desconforto para quem trabalhava na parte criativa da empresa, com cortes de todo o tipo e um ambiente nada saudável ao cinema em si, resolvendo tudo na base da "canetada", ameaças e demissões mil.

Zaslav parece ir pelo mesmo caminho, coisa que nem seus antecessores fizeram com decisões questionáveis como picotar e regravar "Liga da Justiça" com direção de Joss Whedon para não perder o prazo de lançamento nos cinemas (e também não deixar de pagar o generoso bônus aos acionistas por conta da empresa não adiar nenhum filme para o ano seguinte).

As falas de Zaslav parecem sepultar de vez quaisquer chances de um produto com personagens DC Comics diretamente na HBO Max - que deve, inclusive, mudar de nome e se fundir à plataforma Discovery+. Aguardemos os próximos capítulos.


Fonte: Variety (via site oficial)

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