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CRÍTICA [CINEMA] | "Premonição 6 - Laços de Sangue", por Marlo George

"Premonição 6 - Laços de Sangue", a mais recente investida na franquia de terror, chega sob a direção de Adam Stein e Zach Lipovsky, com roteiro de Guy Busick e Lori Evans Taylor. A produção, que busca reavivar os personagens criados por Jeffrey Reddick, traz no elenco Kaitlyn Santa Juana, Teo Briones, Richard Harmon, Owen Patrick Joyner, Anna Lore e Rya Kihlstedt, além das participações especiais de Brec Bassinger e do saudoso Tony Todd (1954-2024), cuja presença póstuma confere um tom melancólico.

A trama central, impulsionada por um pesadelo violento e recorrente da estudante universitária Stefanie, segue a conhecida fórmula: a protagonista retorna para casa na esperança de romper um ciclo de mortes terríveis que ameaça sua família. Apesar do esforço em apresentar um novo capítulo, "Laços de Sangue" se enreda na familiaridade, reciclando elementos que, outrora eficazes, agora se tornam previsíveis.


Produzido por Practical Pictures, Freshman Year e Fireside Films, com Craig Perry, Sheila Hanahan Taylor, Jon Watts, Dianne McGunigle e Toby Emmerich como produtores, e David Siegel e Warren Zide na produção executiva, o filme, apesar de seu aparato, falha em inovar. As sequências de "acidentes", marca registrada da franquia, embora presentes, carecem da inventividade e do impacto que as tornaram memoráveis nos primeiros filmes.

Adicionalmente, a produção parece ter evitado a profusão de cenas graficamente mais violentas, um traço distintivo da franquia. Essa moderação, talvez uma tentativa de alcançar um público mais amplo ou uma mudança criativa, pode frustrar os fãs que esperavam a visceralidade dos filmes anteriores, gerando uma sensação de complacência.

Embora o roteiro tente aprofundar o drama com a luta de Stefanie para salvar sua família, o desenvolvimento dos personagens é superficial. Isso dificulta a conexão do espectador com seus destinos trágicos, e a dinâmica de "quem será o próximo?" perde parte de seu apelo quando o público antecipa as armadilhas da Morte.

É notável, contudo, o elenco esforçado e comprometido com a produção. Mesmo diante de um roteiro por vezes pífio e com pouco espaço para aprofundamento, atores como Kaitlyn Santa Juana, Teo Briones e Richard Harmon entregam performances que buscam extrair o máximo de seus papéis. A dedicação em tentar conferir seriedade e urgência aos personagens, apesar das limitações do material, é um ponto positivo em meio à previsibilidade geral.

"Premonição 6 - Laços de Sangue" cumpre seu papel como mais um exemplar da franquia, talvez agradando aos fãs mais devotos que buscam a nostalgia. Contudo, para o público em geral e aqueles que esperam uma reinvenção à altura do legado da série, o filme se revela um ciclo que, embora novo, já carrega os sinais de uma fórmula desgastada. A Morte, em sua infinita criatividade, parece ter encontrado um ciclo de repetição também nas telonas.



Marlo George assistiu, escreveu e já cantou em um prédio que estava caindo aos pedaços

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