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GENI E O ZEPELIM | Longa baseado na obra de Chico Buarque anuncia nova protagonista

O filme "Geni e o Zepelim" estreia em breve nos cinemas brasileiros e oficializa a atriz trans Ayla Gabriela (foto) como a protagonista da produção. Confira a primeira imagem de bastidores:


Escrito e dirigido por Anna Muylaert, o filme jĆ” tem no elenco apenas os nomes de Ayla Gabriela e o cantor e ator Seu Jorge - que serĆ” o antagonista da trama. Novos nomes no elenco devem ser anunciados em breve. Confira o vĆ­deo do anĆŗncio:


Na trama - livremente baseada na canção de autoria de Chico Buarque (que fez parte de um trecho da peƧa musical "A Ɠpera do Malandro") -, Geni Ć© uma prostituta de uma comunidade ribeirinha localizada no coração da floresta amazĆ“nica, amada pelos desvalidos e odiada pela sociedade local, que vĆŖ sua cidade sendo invadida por tropas lideradas por um tirano - conhecido como Comandante -, que chega voando num imponente zepelim, com um verdadeiro projeto de poder predatório para a regiĆ£o. Ele obriga todos a fugirem rio adentro, onde acabam presos. PorĆ©m, quando o Comandante vĆŖ Geni, ela percebe que talvez ainda haja uma chance de virar o jogo.

Vale lembrar que Ayla Gabriela foi a escolhida para protagonizar a adaptação após a desistĆŖncia da atriz ThainĆ” Duarte, perante a repercussĆ£o negativa nas redes sociais por conta de interpretar uma personagem que, desde as primeiras adaptaƧƵes teatrais, era originalmente representada como uma travesti (ou uma mulher trans).

Na Ć©poca, ThainĆ” Duarte usou seu perfil nas redes sociais e disse, num vĆ­deo, algumas palavras sobre as motivaƧƵes para aceitar o papel, alĆ©m de qual era o escopo do projeto atĆ© o momento. "A primeira coisa que eu queria contar para vocĆŖs Ć© o motivo para eu ter aceitado interpretar a Geni. Ao longo da minha carreira, (...) a maioria dos meus personagens eram abusadas, perseguidas, vĆ­timas de violĆŖncia domĆ©stica, de relaƧƵes abusivas, prostituĆ­das, estupradas, mortas Ć  facada, mortas amarradas em Ć”rvore, Ć  paulada, silenciadas... Sobretudo, silenciadas. Isso me fez olhar de fora a visĆ£o que o audiovisual tem e, consequentemente, a visĆ£o que ele cria, com o imaginĆ”rio, sobre um corpo como o meu", disse a atriz. 

"A primeira coisa que eu perguntei quando eu fui fazer o teste pra [interpretar a] Geni foi 'Por que vocês estão escolhendo fazer uma releitura onde a Geni não é trans?'. Em conversa com a Anna Muylaert, ela me explicou que ela queria fazer uma releitura, falar sobre a floresta [amazÓnica], falar sobre a AmazÓnia, com um paralelo com o feminino, um feminino que é ferido, machucado... E ela queria fazer isso com uma Geni cis (gênero)", explica.

"Também me tranquilizou quando ela disse que estava em conversa com pessoas da comunidade trans, enquanto ela escrevia e desenvolvia esse projeto. Dentro dessas circunstâncias, eu acreditei que a minha experiência como atriz pudesse contribuir de forma positiva para essa releitura e tudo isso deu o fundamento para que eu pudesse tomar a decisão de aceitar esse papel", continua. "E eu sinto muito que essa escolha tenha machucado tanto a comunidade trans porque agora eu entendo melhor o tamanho dessa reinvindicação", encerra.

As filmagens aconteceram na cidade de Cruzeiro do Sul (Acre) durante dois meses. O filme é uma produção da Migdal Filmes, com coprodução da Globo Filmes e distribuição da Paris Filmes.


Fonte: Paris Filmes (via Facebook)

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