Título original : La vie d'Adèle
Direção e roteiro: Abdellatif Kechiche
Elenco: Léa Seydoux, Adèle Exarchopoulos, Salim Kechiouche, Aurélien Recoing, Catherine Salée
Gênero: Drama/Romance
Sinopse: "Depois de ver Emma, uma garota que possui cabelo azul, Emma instantaneamente se apaixona e começa a questionar-se sobre sua sexualidade."
Um filme específico e constrangedor
Todo filme tem um público alvo, porém, não adianta se focar em agradar apenas esse público e deixar os outros espectadores de fora, se perguntando o que acabaram de presenciar. E foi isso que eu senti em Azul é a Cor Mais Quente, que traz um roteiro fraco, com atuações muitas vezes medíocres.
"Um filme que já trata de assunto polêmico, nos fazer sentir constrangimento não é nada bom, pois em certo ponto do filme não se vê mais sentido em estar assistindo aquilo, pois você não consegue se incluir no mundo da história"
Um dos grandes problemas do filme é o modo como trata o assunto do homossexualismo, que o leva a ser um filme um tanto idealista. Ao invés de tocar no ponto com sensibilidade, e te introduzir com calma em todo aquele ambiente de dúvida que alguns adolescentes sentem, eles tocaram da forma mais brutal e gore possível, fazendo com que eu não conseguisse ver em nenhum momento, o amor que as personagens principais sentiam entre si. E esse é um problema, pois um filme que já trata de assunto polêmico, nos fazer sentir constrangimento não é nada bom, pois em certo ponto do filme não se vê mais sentido em estar assistindo aquilo, pois você não consegue se incluir no mundo da história.
Léa (esquerda) se empenhou e nos mostrou que sabe fazer uma atuação digna.
Já Adèle, fica com essa cara o tempo todo.
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Adèle no início do filme, um pouco antes de se questionar sobre sua sexualidade |
Outro problema do filme é se prolongar demais, com cenas totalmente desnecessárias, em que sequer aparecem falas. Não me importo de assistir a um filme de 3 horas, O Poderoso Chefão é um exemplo de ótimo filme com longa duração, mas ter de assistir 179 minutos de cenas ora nada a ver com a trama ora constrangedoras, é pedir demais, quase parei na metade, o que teria sido bom já que o final não é nada demais.
Um filme sem sentido algum, com cenas horripilantes de sexo sem nenhuma relevância, e que tenta passar um amor entre as personagens que é incompreendido. Provavelmente só ganhou a Palma de Ouro em Cannes, por mostrar-se um filme controverso, o que é bem típico dos vencedores do prêmio.
Leia a resenha, feita por Marlo George, da HQ clicando AQUI.
Avaliação: Ruim
Andreas Cesar assistiu, resenhou, e nunca mais vai usar azul na vida!