Quando vi esse gibi na banca do jornal, logo me lembrei de Lex Luthor : Homem de Aço, no sentido de que essa seria uma história que iria definir o personagem Magneto, com um roteiro com frases de efeito e situações épicas. Achei que chegaria um momento aonde Magneto iria ter de mostrar porque veio ao mundo e quais suas opiniões em relações aos humanos e mutantes. Mas, nada disso foi feito.

É importante dizer que em HQs em geral, eu conto 1 ponto para a arte e 3 para o roteiro. Não adianta uma arte maravilhosa, cheia de detalhes e cores, se o gibi é chato de ler, é chato de ler. E não é nenhuma arte que vai fazer o leitor continuar a ler uma história ruim.

E é por isso que eu digo que ler Magneto : Atos de Terror não foi o que eu esperava.

Skottie Young fez um roteiro previsível e de leitura massante, que foi recheado pela bonita arte de Clay Mann, Seth Mann e Norman Lee. O gibi é um passa-tempo pra quem realmente não tem o que ler, a história é rápida, e talvez esse tenha sido um dos problemas do roteiro do quadrinho, a falta de detalhes na trama é realmente um problema nessa história.

"Não adianta um gibi ter uma bela arte sem roteiro. E Atos de Terror tem um péssimo roteiro"

O gibi começa bem, com Magneto indo à uma reunião anti-mutante e devastando todos que nela estava, e se continuasse nessa linha, poderia ser um bom gibi. Mas, infelizmente, ao invés de trabalhar nessa ideia, de que o Magneto trabalhava pros X-Men, mas ainda tinha uma parte de mal em sua alma, o gibi vira uma boba perseguição de um anti-herói a um vilão, uma perseguição arrastada, com um final mais bobo ainda. Não adianta um ter uma bela arte sem roteiro. E Atos de Terror não tem roteiro

Como essa arte merecia um melhor roteirista...
Aparições de personagens desnecessários é o que proporciona a melhor parte do gibi. Capitão América discutindo com Homem de Ferro pra chegar à uma conclusão se o atentado na reunião anti-mutante foi realmente feito por Magneto é sem dúvida a melhor parte dos diálogos da HQ.

Resumindo, um gibi com roteiro fraco recheado por uma arte de artistas que deveriam estar desenhando para roteiros melhores. Este é um belo exemplo de que não se deve julgar nada pela capa.


Andreas Cesar leu, e achou ridícula a aparição da Feiticeira Escarlate e do Mercúrio