Mas, é um disco solo de um guitarrista especializado em solos, então não posso pedir menos que isso.
Friedman é um gênio, tanto na guitarra quanto fora dela. O artista participa da banda Sound Horizon, que faz música para animes e videogames, e tem ganhado um grande apoio do pessoal que curte o Japão. Em seus clipes, até mesmo no de Inferno, ele mostra garotinhas asiáticas correndo por aí em seus uniformes de escola, e isso é uma grande jogada pro marketing. Ele toca metal, mas simplesmente colocando uma garota correndo torna a música dele J-Rock, atraindo assim além do público comum do heavy/trash metal, o grupo otaku fã de heavy/trash metal com outro nome.

Mas, o que é mais legal é que o disco não é inteiramente na guitarra, e nas músicas I Can't Relax, Sociopaths e Lycanthrope tem vocal, mesmo que a última citada seja bem chatinha, elas acabam tirando aquele clima ruim de só a guitarra como o principal do disco.
A técnica de Marty Friedman no álbum é incrível, todos os riffs são bem trabalhados e ficam na cabeça de quem escuta, e os solos dele não são tão exagerados como os de Michael Angelo Batio, se comparando bastante com solos do John 5, limpos e sem ser chato de ouvir.
Um disco rápido e comum no mundo dos guitarristas solo, Inferno não decepciona e é um disco muito legal de escutar, mas apenas se você estiver no clima certo.
Artista : Marty Friedman
Álbum : Inferno
Data de lançamento : 27 de maio de 2014
Duração : Aproximadamente 45 minutos
Gravadora : Prosthetic