Estreando em pequeno circuito,
A Três Vamos Lá, filme com roteiro e direção de
Jerôme Bonnell, chega finalmente ao Brasil para contar a história de um triangulo amoroso entre a
hypada estrela do cinema europeu
Anaïs Demoustier com os novatos
Félix Moati e
Sophie Verbeeck.
E o filme é só isso mesmo. Sem maiores dramas, conflitos e, nem mesmo, discussão sobre a obsessão da protagonista pelo casal hipster da trama, Bonnell nos traz um longa-metragem com cara de capítulo de soap novell, com introdução precipitada, desenvolvimento arrastado e conclusão que deixa a sensação de que aquela história não terminou, de fato.
Com mais romantismo (leia-se tesão) do que comédia, esta comédia-romântica não cativa, algo primordial em produções do gênero, e pode ser encarada como moderninha demais, até mesmo para o cinema francês, por tratar de um tema taboo: As relações poli-afetivas.
O tema é abordado sem uma reflexão aprofundada, dando a impressão de que este não passa de um elemento apelativo.
O elenco demonstra pouco entrosamento.
Sophie Verbeeck é a única em cena que parece não estar constrangida nos momentos mais picantes. Tendo em vista que tais cenas são as mais importantes para o desenvolvimento do longa, a performance de
Anaïs Demoustier e
Félix Moati prejudicam o resultado final. Faltou entrega.
Um dos pontos positivos do filme é a duração. Com cerca de 80 minutos,
A Três Vamos Lá não é um filme cansativo. Só é raso mesmo. O filme é bem realizado tecnicamente, mas isso não é inesperado em se tratando de
Jerôme Bonnell, que dirigiu o premiado Apenas um Suspiro, de 2013.
Marlo George assistiu, escreveu e também fica juntando um sabonete no outro quando precisa substitui-los.