Aqueles que, como eu, cresceram assistindo os filmes de ação dos anos 80 detectarão facilmente todos os elementos que faziam nossa alegria em Herança de Sangue. Já começa pelo título nacional, que apesar de ter um pouco a ver com a trama, é muito mais espalhafatoso do que seria se fosse uma mera tradução do original: "Pai de Sangue".
No filme, Gibson vive Link, um alcoólatra abstêmio que ganha a vida como tatuador e mora em um trailer numa área erma da cidade. Vive afastado de tudo e de todos, especialmente da bebida, mas tem uma filha que está desaparecida e que parece ser a única coisa que importa para ele de verdade.
Um belo dia a garota, Lydia (Erin Moriarty), se mete em confusão e procura o papai em busca de ajuda. Lógico que o problema não é dos menores e que tudo vai descambar em muito tiro, explosões e sangue. Tudo ao gosto dos fãs do gênero.
Este é o segundo longa de Jean-François Richet que me deixa com um sorriso no rosto. O primeiro, Assalto à 13ª Delegacia, de 2005, inclusive aparece em uma das cenas de Herança de Sangue, sendo mais uma entre as várias referencias do filme.
O roteiro é baseado no livro de Peter Craig, que o escreveu em parceria com Andrea Berloff, a responsável pelo script do vindouro The Legend of Conan e que se saiu muito bem contando a história de Straight Outta Compton: A História do N.W.A.
Recomendadíssimo para fãs de filmes "brucutus" dos anos 80.
Marlo George assistiu, escreveu e curte tiro, porrada e bomba... mas só na telona.