Entra em cartaz  em 15 de setembro o filme “Olympia 2016” do diretor Rodrigo Mac Niven ("O Estopim" e "Cortina de Fumaça").

Mesclando ficção e realidade, “Olympia 2016” propõe uma reflexão sobre a corrupção e como ela afeta a sociedade. A trama conta história da construção de um campo de golfe para os Jogos Olímpicos que serão realizados em uma cidade fictícia, mas que em muitos aspectos se parece com a maioria das cidades brasileiras reais.

“Em um momento de tanta turbulência política, falência do sistema e aumento da intolerância por conta da divergência de ideias, é fundamental que a sociedade discuta de forma mais aprofundada o fenômeno da corrupção”, disse Rodrigo Mac Niven.

A produção do longa só foi possível através da colaboração de pessoas que acreditavam no projeto, através de uma campanha de financiamento coletivo. Trata-se de um filme inspirador e imperdível, com várias entrevistas, que colabora com a melhor compreensão do mundo em que vivemos, através de exemplos reais e ficcionais.

Leia abaixo a sinopse de “Olympia 2016”:

Com três filmes na bagagem, o diretor Rodrigo Mac Niven não se cansa de ter ideias para interferir e interagir, através da arte, com a nossa realidade brasileira e seus personagens de carne e osso. Dessa vez, ele traz a luz, uma cidade fictícia e seus políticos corruptos e privilegiados pela grande concentração de poder nas mãos. O ponto de partida para o enredo é a construção de um campo de golfe para os Jogos Olímpicos dentro de uma reserva ambiental da cidade. A semelhança não é mera coincidência. A história, repleta de coragem e investigação, revela os bastidores obscuros da prefeitura de Olympia. Inspirado em fatos, o filme faz uma abordagem honesta e didática, mostrando depoimentos relevantes e aprofundados sobre uma cidade conhecida mundialmente como cartão postal do Brasil. E, que este ano sedia um dos maiores espetáculos do mundo. O grande questionamento que o longa-metragem, que reúne com maestria documentário e ficção, nos faz é de quem pagará a conta do legado, após o grande evento das Olimpíadas de 2016.

Da telona para os quadrinhos

O filme gerou ainda uma graphic-novel: A História Perdida, que conta a história de Olympia, um lugar fantástico onde todos nascem com asas, mas apenas alguns conseguem voar. Após a grande batalha entre os Voadores e os Pés-No-Chão, a cerimônia de Alinhamento foi instituída em Olympia: todas as crianças deveriam ter suas asas cortadas ao nascer. Séculos mais tarde, Demokrácia, uma jovem que não havia sido alinhada pelos pais e que vivia numa aldeia distantes dos grandes centros, teve uma pena roubada pelo vento. Capturada e decapitada, virou símbolo de ordem na cidade e uma estátua gigante foi erguida no morro mais alto de Olympia.

Repleta de alegorias e referências ao mundo real, A História Perdida mostra o potencial multimídia da obra de Mac Niven. A obra foi distribuída na sessão de encerramento da Bienal de Quadrinhos de Curitiba - 2016 no Cine Guarani.

Veja algumas das páginas de A História Perdida: