Keanu Reeves retorna aos tribunais no thriller Versões de um Crime
Após viver Kevin Lomax, um advogado ambicioso, na adaptação do livro de Andrew Neiderman, O Advogado do Diabo, de 1998, Keanu Reeves vive novamente um operador do direito em Versões de um Crime, segundo longa da diretora americana Courtney Hunt.
A primeira opção para viver o protagonista do filme, o Dr. Ramsey, era Daniel Craig, mas o atual James Bond declinou pouco antes das filmagens começarem ― por motivos não revelados ― e o papel acabou caindo no colo de Reeves. Na minha opinião uma decisão equivocada, pois o personagem, tanto no que diz respeito à falta de escrúpulos, quanto figurino, lembra muito o amaldiçoado Lomax de Advogado do Diabo. Além do mais, a performance de Reeves deixa a desejar tanto quanto o roteiro.
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O longa traz ainda Gabriel Basso, um ator do Missouri, EUA, que é muito fraco apesar da carreira longeva. Ora, 10 anos de carreira para um rapaz que tem apenas 22 é tempo suficiente para ele mostrar alguma maturidade e experiência, mas desses dois requisitos ele carece. Mas nem tudo é uma tragédia. James 'Jim' Belushi pode até estar exagerado demais, mas convence. Já Gugu Mbatha-Raw completa o time principal sem maiores destaques.
Chato pra caramba, previsível ao extremo e fadado ao esquecimento, Versões de um Crime é, de longe, o filme de tribunal mais enfadonho que assisti na vida. O curioso é que o caso que está sendo julgado é interessante e o desenrolar da trama poderia ser objeto de discussões sobre o caráter e atitudes das personagens, mas o roteiro é tão ruim que todas as possibilidades são desperdiçadas nas pouco mais de 1 hora e 30 minutos de duração.
Marlo George assistiu, escreveu e acha que o 007 fez bem ao saltar fora dessa barca furada.