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Cartaz oficial (Divulgação) |
"Na vida, você as vezes sente que não está no lugar certo, se sente uma fraude. Eu me senti muito assim quando eu era uma criança. De repente, fui de passar férias no campo com meus avós para Saint-Tropez, no meio de gente com posições sociais bem diferentes. Minha vida inteira foi dedicada a leitura, mirando em melhorar quem eu era e me tornar mais inteligente. E, de repente, me vi em um mundo fútil, dominado por dinheiro. Durante jantares, me sentia como a empregada. Então é possível que a personagem de Maria, interpretada por Rossy de Palma, é uma versão da minha adolescência!", explica a diretora Amanda Sthers sobre a inspiração para o longa.
Para dar vida a Maria, Sthers escolheu a atriz Rossy de Palma, que ganhou fala nos primeiros filmes do cineasta Pedro Almodóvar e virou a musa do estilista Jean-Paul Gaultier: "Maria é uma mulher muito positiva, com uma luz interna muito poderosa. Ela não se sente inferior porque tem que limpar o que outros sujaram: ela é uma empregada e tem orgulho disso! Uma pessoa simples e natural. Compartilho muito com ela, o jeito de olhar para a vida, uma curiosidade pelos outros. Algo infantil também, o desejo de nunca perder de vista a menina que tem dentro de si. Maria se sente próxima daquela garota, e eu, enquanto envelheço, também me aproximo dela. Ela é uma Cinderela moderna, uma pessoa muito romântica que acredita em contos de fadas", defende a atriz.
E, ao lado de Rossy, uma dupla de atores de peso: Toni Collette e Harvey Keitel. "A oferta de papel veio em tão boa hora que pareceu muito boa para ser verdade. Então li o roteiro de Amanda e fiquei impressionada. Amei o tom, e é brilhantemente escrito. Anne é um personagem muito interessante, possivelmente a mulher mais narcisista que me pediram para interpretar. Ela vive em um mundo o qual ela tenta controlar o máximo possível. E temos a beleza de Maria, interpretada por Rossy de Palma, com seu incrível apetite pela vida, a facilidade com que ela se conecta com os outros, segurando um espelho e mostrando a feiura interna de Anne", revela Collette.
Keitel faz coro com a parceira de cena e elogia o roteiro do filme: "Tem muita inteligência e profundidade no diálogo. Em outras palavras, tudo o que você quer em um roteiro! Eu interpreto um homem cuja família fez o dinheiro em imóveis e arte. Para um nativo do Brooklin como eu, interpretar tal personagem é sempre educativo: eu tenho que me segurar para não falar palavrões! Ele e sua esposa estão tentando consertar seu casamento. Você sempre aprende algo lidando com esse tipo de situação", reflete.
Segundo a diretora, cada um dos atores tinha sua maneira de trabalhar: "Você dirige cada ator de uma maneira. É como amizade, você não é amigo da mesma maneira com todos. Para ser honesta, eu me senti intimidada por Harvey Keitel. Ele é uma lenda, ele está sempre falando de seus amigos Martin Scorsese e Robert de Niro. Mas quando começa a trabalhar, ele dá tudo de si! Ele foi generoso com suas ideias, e generoso na maneira como recebeu as minhas ideias. Toni Collette é um metrônomo, seu timing de comédia é incrível. Ela é extremamente precisa em seu ritmo de atuação. Com Anne, ela encontrou um personagem que a permitiu se divertir. Rossy é muito diferente, com ela, você não fala de técnica, só de emoção. Ela está continuamente buscando a veracidade da situação e de seu personagem, você pode sentir através de seus olhos tanto quanto nas suas falas", elogia.
Fonte: California Filmes (via press-release)