"A Cinco Passos de Você" é uma das críticas mais difíceis que já tive que fazer. Eu adorei o filme como espectador, mas reconheço que há problemas nele como crítico. Enfim, vamos começar...

Desde criança sou fã de "Zack e Cody", o que quer dizer que quando eu soube que Cole Sprouse estava voltando a ser comentado por sua atuação em um novo filme, logo fiquei interessado em vê-lo. Por falta de conhecimento na época, por volta de outubro de 2018, eu pensei que o filme já tivesse saído de cartaz, não tendo a mínima noção de que ainda faltavam meses para ele ser lançado. Quando descobri isso, fiquei feliz, poderia assistir um ator da minha infância nos cinemas, não tendo que assisti-lo em casa, como pensei que seria.

Chegado o dia, fiquei muito empolgado. Ao sentar na sala de cinema, senti uma sensação estranha, talvez uma nostalgia, não sei bem. Ao longo do filme passei por muitos sentimentos, alegria, tristeza e outros. No final, devo admitir que estava muito emocionado com a história.

"A Cinco Passos de Você" conta uma história clichê e muito parecida com "A Culpa é das Estrelas", o que é um enorme problema. A todo momento você prevê o que irá acontecer e, de certo modo, o spoiler inicial quebra um pouco o clima do clímax ao fim do longa, em que você já sabe o que irá acontecer pois a personagem principal, Stella, te conta logo que o filme começa (que, repito, é muito parecido com a obra de John Green, já citada acima).


Mesmo com os problemas de roteiro e edição, os atores funcionam muito bem em seus papéis. Hayley Lu Richardson traz uma Stella carismática que me conquistou desde o início. Cole Sprouse mostrou que não é apenas um ator mirim, conseguindo manter uma boa performance o filme inteiro. Além disso, a química do casal principal do filme é enorme. Outro ator já conhecido, proveniente da Disney, Moises Arias, foi o único que decepcionou, sua atuação é forçada, o que é ruim, já que o personagem é um dos mais importantes da trama. Merece um destaque a atriz Kimberly Hebert Gregory, que trouxe peso a uma personagem carismática e de extrema relevância, se ela tivesse atuado mal, é provável demais que o filme ficasse fora de foco nos momentos mais sérios de sua trama.

Agora devo falar de um problema da trama. É óbvio que o diretor sabia dos clichês que sua trama apresenta, ainda mais quando um filme de muito hype ("A Culpa é das Estrelas") foi lançado a pouco tempo atrás. Assim sendo, ele decidiu focar demais no emocional do filme. Há muitas morte e muitos momentos tristes ao longo do trama. Ainda que isso mostre a triste realidade de uma doença como a fibrose cística, em certos momentos parece que ele não sabia inovar o roteiro e simplesmente atuou com o emocional dos espectadores, o que, na minha opinião, é um grande demérito para o filme.

Enfim, ainda que eu tenha gostado demais do filme por questões pessoais, sou obrigado a dar uma nota baixa, por ser extremamente parecido com "A Culpa é das Estrelas", pelo roteiro forçado e outros motivos já citados. Infelizmente...


Andreas Cesar espera por mais de Cole Sprouse, e torce para que seu irmão, Dylan, também consiga grande papéis em Hollywood!!!