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Cartaz oficial (Divulgação) |
Com a aventura original, surgem também novos temas e questões contemporâneas nunca antes abordadas nas histórias sobre Asterix e seus amigos, mas que se encaixam no imaginário criado por Goscinny e Uderzo. Para começar, uma questão filosófica: a quem transmitir o saber da poção mágica? Sendo uma receita poderosa, por que não compartilhar com todos seu conhecimento? Panoramix a criou para proteger um pedaço da Gália do domínio de Julio César, mas será que a poção não ajudaria ao restante do mundo? O que torna uns aptos a tomar a poção e outros não? O que aconteceria se esse conhecimento caísse em mãos erradas?
O protagonismo feminino também se mostra presente na animação. Quando os homens seguem Panoramix numa viagem pela Galia, são as mulheres da aldeia que surgem para defende-la dos ataques das tropas romanas. Se, antes, a opção de mulheres beberem a poção nem era sugerida, aqui elas tomam essa decisão a fim de proteger suas casas e suas famílias.
Famosas no mundo inteiro, as aventuras de Asterix e seus companheiros foram publicadas em 37 revistas e traduzidas para mais de 100 línguas. Já foram produzidas nove animações e longas-metragens live action, sendo que o primeiro filme “Asterix e Obélix contra César”, de 1999, foi protagonizado por Christian Clavier e o personagem de Obélix interpretado por Gérard Depardieu.
Gregório Duvivier se diz feliz com o convite para dublar Asterix e considera Goscinny, autor dos quadrinhos originais, um gênio: "Asterix é um dos heróis da minha infância, eu li todos os quadrinhos”, conta.
Louis Clichy, codiretor junto a Astier, destaca quais os principais elementos que não podem ficar de fora de uma história original sobre Asterix: “É imperativo encontrar os personagens principais da série. Desta vez, o verdadeiro herói não é o Asterix. Nós mudamos o foco da história para Panoramix e seu antagonista, o druida Sulfurix. Daí temos todos os ingredientes para uma boa história: poção mágica (o principal!) romanos, brigas, César... até mesmo os piratas, que tivemos que cortar no primeiro filme por falta de tempo. Destacamos também o peixeiro e o ferreiro. É um dueto que já gostamos muito em ‘O Domínio dos Deuses’”.
Para Alexandre Astier, codiretor e roteirista do filme, os avanços nas técnicas de animação são um dos trunfos do filme: “É uma aventura que leva nossos heróis a buscar um candidato em toda a Gália. Existe a noção de jornada. Isso aumenta o universo em relação ao primeiro filme. Também acho que a animação está um pouco mais bonita, porque avançamos na questão técnica. (...) Há coisas que a gente aprende e acho que as técnicas de animação deram um pequeno salto em qualidade”.
Além disso, Astier acredita que, por ser um desenho, o filme resgata um pouco do que é ser criança: “É uma brincadeira muito francesa imitar Asterix ao vivo, colocar bigodes, essas coisas. É ótimo, não nego, mas na animação há uma espécie de expressividade. É a forma como sempre sonhei em contar a história do Asterix. A animação e o desenho representam o universo da infância, com toda sua magia e possibilidades”, finaliza.
Fonte: Bonfilm (via press-release)