A plataforma brasileira paga de streaming Supo Mungam Plus - focada em cinema independente e autoral - faz parceria com o My French Film Festival e disponibiliza na plataforma a seus assinantes 24 títulos franceses da seleção do festival, sendo 12 longas e 12 curtas-metragens, a partir de 15/01/2021.


O My French Film Festival tem como objetivo apresentar a nova criação cinematográfica francófona e permite que usuários do mundo inteiro tenham acesso a produções francesas através das plataformas digitais. Entre os destaques, os longas "Adolescentes" (Sébastien Lifshitz), "Crianças" (Christophe Blanc), "Enorme" (Sophie Letourneur), dentre outros. Todos os filmes contam com legendas em português.


Devido ao início do festival, a plataforma - que pode ser acessada AQUI - antecipou as estreias dos filmes "O Funeral das Rosas" (Toshio Matsumoto, 1969), "O Pai das Minhas Filhas" (Mia Hansen-Løve, França, 2009) e "A Vida de Diane" (Kent Jones) para 14/01/2021. Confira abaixo os próximos lançamentos e programa do My French Film Festival:


14/01/2021

  • O Funeral das Rosas, de Toshio Matsumoto (Japão, 1969) com Pita, Osamu Ogasawara e Yoshimi Jo. Tóquio, anos 60. A nova estrela do Bar Genet é a ícone transgênero Eddie, cuja confiança ameaça a madame do local, Leda, mas atrai Gonda, o dono do bar, a colocando em uma perigosa intriga. Uma releitura original de "Édipo Rei", de Sófocles. Stanley Kubrick citou o filme como uma influência direta para "Laranja Mecânica".

  • O Pai das Minhas Filhas, de Mia Hansen-Løve (França, 2009) com Louis-Do de Lencquesaing, Chiara Caselli, Alice de Lencquesaing, Igor Hansen-Løve, Eric Elmosnino, Sandrine Dumas. Grégoire está dividido entre as demandas de sua família e sua obsessão com sua carreira. Ele dirige uma empresa de cinema independente e mal tem tempo de ver sua esposa Sylvia ou suas três filhas durante a semana. Seus fins de semana são passados junto com sua família, tentando aproveitar o tempo juntos. Com seu carisma excepcional, Grégoire inspira admiração. Ele parece invencível. No entanto, sua prestigiosa produtora, Moon Films, está em suas últimas etapas.  Mas Grégoire continua a todo custo. Um dia, ele é obrigado a enfrentar os fatos. Ele está dominado pelo cansaço. O que logo, secretamente, se transforma em desespero. Prêmio Especial do Júri da Un Certain Regard do Festival de Cannes e Melhor Roteiro no Prêmio Lumière

  • A Vida de Diane, de Kent Jones (EUA, 2018) com Mary Kay Place, Jake Lacy e Estelle Parsons. Diane preenche seus dias ajudando os outros, cuidando de amigos e familiares e sempre se colocando em último lugar. Ela também tenta desesperadamente se relacionar com seu filho, que é viciado em drogas. Neste processo, Diane chega a um novo entendimento de si mesma e de seu passado e à medida que esses pedaços de sua existência começam a desaparecer, ela se vê confrontando suas próprias memórias. Melhor Filme, Roteiro e Fotografia no Festival de Tribeca e Indicado em Melhor Atriz e Melhor Primeiro Filme no Independent Spirit Awards.


22/01/2021

  • Em Busca da Vida, de Jia Zhangke, (China, 2006) com Zhao Tao, Lan Zhou e Han Sanming. A cidade velha de Fengjie já está submersa, mas seu novo bairro ainda não foi concluído. Há coisas para salvar e há coisas para deixar para trás... Han Sanming, um mineiro, viaja para Fengjie para procurar sua ex-mulher, que ele não vê há 16 anos. Vendo um ao outro no rio Yangtze, eles decidem se casar novamente. Shen Hong, uma enfermeira, viaja para Fengjie para procurar seu marido, que não voltou para casa há dois anos. Eles se abraçam em frente à Barragem das Três Gargantas. Apesar da dança, eles tristemente desistem e decidem se divorciar. Leão de Ouro de Melhor Filme no Festival de Veneza.

  • O Chão Sob Meus Pés, de Marie Kreutzer (Áustria, 2019) com Valerie Pachner, Pia Hierzegger e Mavie Hörbige. Lola, uma consultora de negócios com trabalho incessante, gerencia sua vida pessoal com a mesma eficiência implacável que usa para otimizar margens de lucro. Ela mantém em segredo seu relacionamento com sua chefe Elise, bem como a existência de sua irmã mais velha, Conny, que tem uma longa história de doença mental. Entretanto, quando ela recebe a notícia de que Conny tentou se suicidar, seus segredos ameaçam explodir em público. Enquanto tenta fazer o que é melhor para sua irmã, sem comprometer tudo o que tanto trabalhou, Lola lentamente perde o controle da realidade. Seleção Oficial do Festival de Berlim e Melhor Filme Internacional no L.A. Outfest

  • Party Girl, de Marie Amachoukeli, Claire Burger e Samuel Theis (França, 2014) com Angélique Litzenburger, Joseph Bour e Mario Theis. Angélique é uma hostess de 60 anos que adora festas. Trabalhando em um cabaré perto da fronteira franco-alemã, ela começa a ver a clientela tornar-se cada vez mais rara. Mas Michel, seu cliente regular que sempre foi apaixonado por ela, um dia a pede em casamento. Inspirado na história da mãe do diretor Samuel Theis, o filme conta com a própria família do realizador no elenco, no qual interpretam a si mesmos.  Caméra d'Or no Festival de Cannes e Indicado ao César de Melhor Montagem e Melhor Primeiro Filme


29/01/2021

  • Entre os Muros da Escola, de Laurent Cantet, (França, 2008) com François Bégaudeau, Agame Malembo-Emene e Angélica Sancio. François e seus colegas professores se preparam para um novo ano em uma escola em um bairro difícil. Equipados com as melhores intenções, eles se preparam para não permitir que o desânimo os impeça de tentar dar a melhor educação a seus alunos. Culturas e atitudes frequentemente se chocam na sala de aula, um microcosmo da França contemporânea. François insiste em uma atmosfera de respeito e cuidado. Nem calmo nem severo, sua franqueza extravagante sempre pega os alunos de surpresa. Mas sua ética em sala de aula é posta à prova quando seus alunos começam a desafiar seus métodos... Palma de Ouro no Festival de Cannes e Indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional.

  • Obediência, de Craig Zobel, EUA, 2012 (Compliance) com Ann Dowd, Dreama Walker e Pat Healy. A história de Sandra, uma gerente sobrecarregada de um restaurante de fast food, que recebe uma ligação de um policial acusando uma de suas funcionárias, uma jovem chamada Becky, de roubar de uma cliente. Acreditando na palavra do oficial, Sandra detém Becky, colocando em movimento um cenário de pesadelo que rapidamente sai de controle.


SUPO MUNGAM PLUS + MY FRENCH FILM FESTIVAL - de 15/01 a 15/02/2021


PARA SEMPRE JOVEM

  • Adolescentes, de Sébastien Lifshitz, 2019, 135 min. Emma e Anaïs são inseparáveis e, no entanto, tudo as opõe. "Adolescentes" segue o percurso delas desde os 13 anos até à maioridade. Cinco anos de vida onde chocam-se transformações radicais e primeiras experiências. Aos 18 anos de ambas, pode-se perguntar que tipo de mulheres se tornarão e como evoluirá a amizade das duas. Em um documentário magistral e universal que lembra "Boyhood", o diretor pinta o retrato de um período de cinco anos de duas amigas em Brive-La-Gaillarde e nos faz mergulhar no mundo de uma juventude rural na França dos anos 2010.

  • Intervalo, de Anthony Lemaitre, 2019, 16 min. Yacine e dois amigos querem a todo custo ver Velozes e Furiosos 8 em seu multiplex suburbano. Infelizmente, eles só têm meios para ir ver a sessão do cineclube. Para Yacine, o que era para ser uma manobra, se tornará uma experiência incrível. Com humor, Anthony Lemaitre imagina em "Intervalo" o feliz e fortuito encontro de um jovem com a sua cinefilia.

  • Um Adeus, de Mathilde Profit, 2019, 24 min. Um carro percorre as costas francesas. Dentro, um pai conduz a filha a Paris para começar a sua vida de estudante, uma nova vida em uma cidade desconhecida, longe da sua infância e longe dele. Essa viagem em face a face é a primeira e talvez a última. Nada parece excepcional, mas os dois sabem que terão que dizer adeus. Em seu primeiro filme, Mathilde Profit retrata de um modo muito sutil, com a ajuda de olhares, palavras não ditas e outras incômodas, o momento que marca o fim da adolescência da jovem e o início de uma nova página do seu relacionamento com o pai.


FAMÍLIAS APAIXONANTES

  • Crianças, de Christophe Blanc, 2019, 104 min. Jack, de 19 anos, Lisa, de 17 anos, e Mathis, de 10 anos, tornam-se brutalmente órfãos. Cada um reage à sua maneira ao desastre familiar. Lisa se afasta e Jack, há pouco tempo maior de idade, fica com a guarda de Mathis. Uma nova vida começa. Mas como alguém pode ser responsável por uma criança, quando mal saiu da adolescência? E como construir um futuro, quando o passado se torna uma obsessão perigosa? A força e a energia da juventude podem fazer milagres... Em um filme de energia contagiante, interpretado por dois atores com grande maturidade, o diretor oferece um olhar justo sobre o vínculo fraterno diante do luto e a luz que se busca dentro de si mesmo para enfrentá-lo.

  • Enorme, de Sophie Letourneur, 2020, 101 min. Isso acontece de repente aos 40 anos: Frédéric quer um bebê, mas Claire nunca quis e eles estavam de acordo quanto a isso. Ele comete o imperdoável e faz um filho com outra. Claire se transforma numa baleia e Frédéric torna-se frouxo. Marina Foïs e Jonathan Cohen, irresistíveis, dão forma a uma farsa burlesca, até mesmo grotesca, especialmente corrosiva sobre a maternidade e o desejo de maternidade: um OVNI improvável entre O Bebê de Rosemary e os irmãos Farrelly.

  • Felicidade, de Bruno Merle, 2019, 82 min. Para Tim e Chloé, a felicidade está no dia a dia sem compromissos. Mas um dia o verão acaba. A filha deles, Tommy, entra no colégio e nesse ano ela promete não perder esse grande acontecimento. Isso foi antes que Chloé desaparecesse, que Tim roubasse um carro e que um cosmonauta aparecesse na história. Comédia feelgood delicada e absurda, ou um road movie brilhante e caprichoso, "Felicidade" imagina a corrida infernal de uma família antes do início do ano letivo. O diretor dirige a filha ao lado de Pio Marmaï, um pai carismático e sutilmente maluco.

  • Família Nuclear, de Faustine Crespy, 2020, 19 min. Jules, aos 18 anos, passa férias a contragosto no acampamento nudista de sua infância. Ele está dividido entre a sua atração pelo belo Karim, um trabalhador sazonal na praia das pessoas "vestidas", e a depressão da sua mãe Adèle, que se recusa a deixá-lo crescer. Faustine Crespy pinta o doce e amargo retrato de um jovem em busca de liberdade e identidade, preso entre uma mãe à beira de um colapso nervoso e um irmão novo que ele gostaria de proteger.

  • Sole mio, de Maxime Roy, 2019, 22 min. Daniel tenta lidar da melhor maneira possível com o desespero da mãe que permanece sem notícias do seu pai. Quando este volta para casa na véspera de sua cirurgia de redesignação sexual, Daniel quer ouvir finalmente a verdade. Graças a uma escrita ímpar e a imagens de vanguarda, Maxime Roy imagina com precisão, ternura e complexidade uma família que se encontra às vésperas de um acontecimento que transformará todos.


VERDADEIRAS HEROÍNAS

  • Camille, de Boris Lojkine, 2019, 90 min. Uma jovem fotojornalista apaixonada pelo seu ideal, Camille vai à República Centro-Africana para cobrir uma guerra civil prestes a acontecer. Muito rapidamente, ela se apaixona pelo país e pela sua juventude envolvida na turbulência. De agora em diante, ela viverá o seu destino nesse país. Um raro mergulho na profissão de fotojornalista, "Camille" é o retrato sensível e forte de uma jovem determinada, interpretada pela brilhante e avassaladora atriz Nina Meurisse.

  • Donas de Alegria, de Frédéric Fonteyne e Anne Paulicevich, 2019, 90 min. Três histórias de mulheres durante um verão escaldante entre o norte da França e a Bélgica. Axelle, Conso e Dominique nada têm em comum a não ser que são colegas e que, todos os dias, juntas, cruzam a fronteira. Conduzido por um trio de atrizes explosivas e luminosas, este drama feminista nos faz mergulhar no cotidiano de três profissionais do sexo, amigas, supermulheres empolgantes e dignas.

  • Menina azuis, Pálido de Medo, de Marie Jacotey e Lola Halifa-Legrand, 2019, 9 min. Um casal nas estradas de Provence. Nils está levando Flora para conhecer os seus pais, quando eles caem numa emboscada. Enquanto ela é capturada, ele foge. Naquela noite numa floresta de pinheiros, ela se depara com as suas dúvidas. Marie Jacotey e Lola Halifa-Legrand assinam uma primeira comédia dramática que questiona as fantasias dos nossos medos nas relações de casais: um filme de animação feminista e contundente, composto por magníficas ilustrações a lápis de cor.

  • Silêncio, de Élodie Wallace, 2020, 17 min. Alice se perde no labirinto de um hospital, movida pela urgência de acertar contas com o seu agressor, prestes a morrer. Uma corrida para finalmente verbalizar os seus males. Em um curta-metragem com direção precisa, Élodie Wallace questiona com delicadeza o momento em que Alice tenta se libertar dos traumas do seu passado, interpretada de maneira discreta e contida por Sarah Suco.

  • Kuessipan, de Myriam Verreault, 2020, 117 min. Duas amigas inseparáveis crescem em uma comunidade innu. Mikuan vive em uma família amorosa, enquanto Shaniss recola os pedaços de uma infância subvertida. As duas meninas prometem permanecer sempre juntas, custe o que custar. Mas ao completarem 17 anos, a amizade delas sofre um abalo, quando Mikuan se apaixona por um branco e começa a sonhar em sair dessa reserva pequena demais para as suas ambições. No seu primeiro longa-metragem naturalista, a diretora dirige atores não profissionais da comunidade innu e dá voz a uma juventude nascida no cativeiro que começa a questionar a sua liberdade.


HISTÓRIAS FRANCESAS DE FANTASMAS

  • Prata-viva, de Stéphane Batut, 2019, 106 min. Juste perambula por Paris em busca de pessoas que só ele pode ver. Ele recolhe a última lembrança delas antes de levá-las para o outro mundo. Um dia, uma jovem, Agathe, o reconhece. Ela está viva, ele é um fantasma. Como poderão se amar e aproveitar essa segunda oportunidade? Stéphane Batut descreve um passeio noturno em Paris marcado por um romantismo exacerbado e perturbador. Um filme espectral, onírico, fascinante, que lembra a poesia de Jean Cocteau.

  • Lugares Vazios, de Geoffroy de Crécy, 2020, 8 min, Geoffroy de Crécy imagina um mundo hipnótico onde, em supermercados, aeroportos, escritórios, boates, desapareceram todos os vestígios humanos. Produzido antes do confinamento global, "Lugares Vazios" é uma ode à melancolia das máquinas.

  • Orfeu, de Jean Cocteau, 1950, 95 min. "Orfeu" é a transposição de Jean Cocteau do famoso mito para o mundo moderno. Poeta reconhecido de Saint-Germain-des-Prés, Orfeu é enfeitiçado por uma princesa enigmática que nada mais é do que a Morte. Por ela, ele abandona a sua mulher, Eurídice. Mas a Princesa, percebendo a impossibilidade desse amor, devolve Orfeu à Eurídice... Vinte e cinco anos após a publicação da sua peça "Orfeu", Jean Cocteau reinterpreta o antigo mito para o cinema em 1950 e oferece um conto filosófico, visual e poético, personificado por Jean Marais e Maria Casarès.

  • A Vida dos Mortos, de Arnaud Desplechin, 1990, 52 min. Patrick, com 20 anos, tentou acabar com a própria vida. Enquanto está hospitalizado, em coma, os quatro ramos de sua família se encontram em uma casa de classe média no norte da França. Há 30 anos, Arnaud Desplechin realizou "A Vida dos Mortos", uma obra "coral" íntima, entre a vida e a morte, perturbadora e desconcertante: o  nascimento de uma nova geração de atores e cineastas.


NA ESTRADA

  • Heróis Nunca Morrem, de Aude Léa Rapin, 2019, 85 min. Numa rua de Paris, um estranho parece reconhecer em Joachim um soldado que morreu na Bósnia em 21 de agosto de 1983. Porém, 21 de agosto de 1983 é o mesmo dia do nascimento de Joachim! Intrigado com a possibilidade de ser a reencarnação desse homem, ele decide partir para Sarajevo com as suas amigas Alice e Virginie. Nesse país assombrado pelos fantasmas da guerra, eles se lançam de corpo e alma nos passos da vida anterior de Joachim. Este road movie ímpar na rota dos Bálcãs, entre fantasia e realismo, o primeiro longa-metragem da diretora, apresenta Adèle Haenel ao lado de Jonathan Couzinié em uma busca de verdade e de identidade que é, ao mesmo tempo, divertida e comovente.

  • Josep, de Aurel, 2020, 74 min. Fevereiro de 1939. Diante da enxurrada de republicanos fugindo da ditadura de Franco, o governo francês decide colocá-los em campos. Dois homens separados por arame farpado se tornarão amigos. Um é policial, o outro é desenhista. De Barcelona a Nova York, a verdadeira história de Josep Bartolí, combatente anti-Franco e artista excepcional. Primeiro longa-metragem do cartunista Aurel, "Josep" mistura com habilidade a pequena e a grande história em uma narrativa poderosa, composta de ilustrações magníficas e habilmente animadas que mostram de forma inteligente a força redentora do desenho.

  • Cães, de Halima Ouardiri, 2019, 18 min. Em um abrigo para cachorros no Marrocos, o tempo parece ter parado para os 750 animais que aguardam adoção; a existência deles segue uma coreografia monótona e precisa. Documentário com fotografia espetacular, "Cães" nos mostra o cotidiano de 750 animais recolhidos em um canil no Marrocos e propõe ao espectador uma reflexão sobre a monotonia da vida dessa comunidade no cativeiro em um contexto de crise migratória.


AMOR É AMOR

  • Amigo de um Amigo, de Zachary Zezima, 2019, 13 min. Um jovem é agredido sexualmente. Ele sequestra, pune e depois torna-se amigo do próprio agressor. Ele se confronta ao seu passado e aos seus impulsos sexuais ambíguos. Entre ficção, auto ficção e sonho, "Amigo de um Amigo" abre o debate sobre os maus tratos, suas motivações e implicações. Em um universo colorido, "redondo" e pop, ao lado de um estranho trio de personagens, Zachary Zezima mergulha o espectador em uma história ambivalente de agressão sexual, vingança e de Síndrome de Estocolmo. Um filme raro, hipnotizante e importante.

  • Belezas, de Florent Gouëlou, 2020, 18 min. "Belezas" impressiona o espectador por sua energia, sua audácia e a fúria de guerrilhas na luta contra uma sociedade baseada na rejeição da diferença. Um filme extravagante e alegre! Aos 17 anos, em seu pequeno vilarejo, Léo e seus amigos apaixonam-se por maquiagem. Essa paixão não é do gosto de Jules, o irmão mais velho de Léo, que teme ser alvo de chacota em seu grupo de amigos. Na noite do palco aberto do vilarejo, indo contra a opinião do irmão, Léo sobe ao palco vestido de drag queen.

  • Miss Chazelles, de Thomas Vernay, 2019, 21 min. Clara e Marie são rivais. Clara é a segunda colocada, enquanto que Marie ganha o famoso prêmio Miss Chazelles-sur-Lyon. À medida que aumenta a tensão entre os amigos de Clara e a família de Marie no vilarejo, as duas jovens parecem ter um relacionamento ambíguo. Filmado em 4:3, "Miss Chazelles" dá destaque à juventude rural que procura escapar da dominação masculina generalizada em um conto sentimental com direção precisa.

  • Senhora, de Stéphane Riethauser, 2019, 94 min. Avó e neto trocam confidências em um diálogo íntimo que explora gênero, sexualidade e transmissão de identidade. Em um filme com imagens de arquivos da família, o diretor evoca com sensibilidade como ele e a sua avó tiveram que lutar, apesar da defasagem de duas gerações, contra os mesmos padrões patriarcais da sociedade conservadora suíça.


Fonte: Supo Mungam Plus (via press-release)